A Justi�a italiana adiou, mais uma vez, a extradi��o para o Brasil do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Agora ela dever� ocorrer em dezembro, informaram os senadores Maria Cecilia Guerra e Luigi Manconi nesta quinta-feira. O novo adiamento ocorre porque Pizzolato ter� que comparecer a um tribunal italiano no dia 14 de dezembro para responder a um processo de falsidade ideol�gica. Ao fugir do Brasil, ele usou um passaporte falso, com a identidade do irm�o, para ingressar e viver na It�lia.
"Agora, Pizzolato est� imputado de responder a um processo em um tribunal italiano, o que ter� como consequ�ncia a suspens�o do processo de extradi��o para que ele tenha o exerc�cio pleno do direito de defesa", disseram os l�deres do movimento pol�tico que tenta manter Pizzolato em territ�rio italiano.
O processo de extradi��o j� estava suspenso at� o dia 22 de setembro, ap�s o Conselho de Estado, �ltima inst�ncia da Justi�a administrativa da It�lia, ter solicitado ao Minist�rio da Justi�a italiano mais informa��es para analisar o pedido de defesa do brasileiro, que pede para que ele cumpra a pena no pa�s europeu.
Segundo os dois senadores, depois dessa suspens�o, o minist�rio solicitou �s autoridades brasileiras a lista com as garantias suplementares requeridas pelo conselho. "As autoridades brasileiras dever�o fornecer todos os detalhes sobre a penitenci�ria para a qual ele ser� transferido e de outros locais que possam receb�-lo, precisar�o autorizar uma visita diplom�tica preventiva nessas institui��es e dever�o mostrar empenho para n�o transferir Pizzolato para outras estruturas, a n�o ser por motivos de for�a maior", explicaram os pol�ticos.
De acordo com os senadores, o governo brasileiro ainda ter� a obriga��o de "fornecer qualquer atualiza��o sobre problemas que surjam durante a deten��o no Brasil".
Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na A��o Penal 470, o processo do mensal�o. Ele foi sentenciado a 12 anos e sete meses de pris�o. Antes de ser condenado, Pizzolato, que tem cidadania italiana, fugiu para a It�lia com identidade falsa, mas acabou sendo preso em fevereiro de 2014, em Maranello.
Em outubro do ano passado, o Tribunal de Bolonha negou a extradi��o e o colocou em liberdade. Em fevereiro, por�m, a Corte de Cassa��o acolheu o pedido do Brasil e autorizou a extradi��o. A decis�o foi ratificada pelo Minist�rio da Justi�a e pelo Tribunal Administrativo Regional do Lazio, primeira inst�ncia da Justi�a Administrativa.
O Minist�rio da Justi�a do Brasil e a Procuradoria-Geral da Rep�blica informaram que n�o receberam a notifica��o da Justi�a italiana.
Com Ag�ncia Brasil