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Estado de Minas

Destitui��o de Eduardo Cunha est� na pauta do PT mineiro

L�deres do partido defenderam em semin�rio empenho para levar debate � C�mara


postado em 26/07/2015 00:12 / atualizado em 26/07/2015 07:32

Seminário estadual do PT, no colégio Monte Calvário, Bairro Barro Preto(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Semin�rio estadual do PT, no col�gio Monte Calv�rio, Bairro Barro Preto (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

A bancada petista na C�mara dos Deputados deve acirrar ainda mais o clima de tens�o entre o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o Pal�cio do Planalto ao retornar �s atividades em agosto. Em semin�rio do PT com a participa��o de presidentes e secret�rios municipais da legenda, em Belo Horizonte, l�deres do partido criticaram o peemedebista e afirmaram que sua condi��o � frente da C�mara dever� ser questionada no retorno dos trabalhos do Legislativo.


O deputado Reginaldo Lopes (PT) considerou a atua��o do presidente da C�mara no primeiro semestre um desastre e afirmou que sua destitui��o dever� entrar na pauta dos deputados. “Se as mat�rias que prop�s tivessem sido conclu�das, ter�amos um caos no Brasil. N�o s�o mat�rias contr�rias ao governo, mas contr�rias ao pa�s. Como nosso sistema � bicameral e os temas ainda precisam passar pelo Senado n�o voltamos para o s�culo 19”, criticou o deputado, citando as propostas de terceiriza��o e redu��o da maioridade penal, que tiveram apoio do peemedebista.

O parlamentar considera inevit�vel a discuss�o sobre a retirada de Cunha da presid�ncia da Casa. “Ele foi delatado como outros envolvidos (no esquema de corrup��o na Petrobras). Tem a presun��o da inoc�ncia, por�m, na condi��o de presidente, ao ser indiciado, perde a condi��o pol�tica de permanecer � frente da Casa. Um dos poderes mais importantes da sociedade precisa ser conduzido por uma pessoa transparente. Vamos ter um segundo semestre movimentado”, apostou Reginaldo.

FORA DO TIME Para o secret�rio de Estado de Ci�ncia e Tecnologia, Miguel Corr�a (PT), as posi��es pol�ticas de Cunha sempre foram contr�rias �s defendidas pelo PT. “Desde que cheguei em Bras�lia, tinha bem claro que Cunha nunca participou do nosso time. Acho que boa parte do PMDB tamb�m tem essa impress�o. N�o estou l� (na C�mara), mas tor�o para que seja discutido um novo presidente”, afirmou Miguel. O encontro, em audit�rio de uma escola na Regi�o Centro-Sul de BH, reuniu presidentes e secret�rios de finan�as dos diret�rios municipais para discutir a legisla��o referente �s Finan�as partid�rias e a presta��o de contas para o processo eleitoral do ano que vem.

Presente no evento, o presidente da legenda, Rui Falc�o, preferiu amenizar as hostilidades com Cunha, mas ressaltou que a posi��o radical do parlamentar foi “isolada pelo PMDB” e que ele n�o representa o partido. Durante a reuni�o, os petistas falaram de um “momento de dificuldade e crise” enfrentado pelo pa�s, com cr�ticas � pol�tica econ�mica adotada pelo Planalto no primeiro semestre.

Rui Falc�o ressaltou que grupos dentro do partido defendem uma mudan�a na pol�tica econ�mica e pedem a redu��o na taxa de juros e o retorno de investimentos em infraestrutura e amplia��o do cr�dito. O petista afirmou que o semin�rio foi um dos primeiros passos para a organiza��o do partido at� as elei��es municipais de 2016 e disse que o PT n�o descartou lan�ar um nome para concorrer � Prefeitura de Belo Horizonte. Nas �ltimas semanas, l�deres petistas avaliaram nos bastidores que o desgaste do partido nacionalmente pode afetar a disputa contra uma eventual alian�a formada pelo PSDB e o prefeito Marcio Lacerda (PSB).

Antes do recesso parlamentar, deputados do Psol divulgaram um documento pedindo o afastamento de Cunha, mas n�o houve ades�o oficial de outros partidos. O pedido pela sa�da do peemedebista da presid�ncia foi feito um dia ap�s a divulga��o do depoimento do lobista J�lio Camargo na Opera��o Lava-jato. Segundo o lobista, Cunha teria pedido propina de US$ 5 milh�es referentes a contratos de navios-sonda da Petrobras. O presidente da C�mara disse ter sido v�tima de uma retalia��o do Pal�cio do Planalto, que teria pressionado o Minist�rio P�blico e a Pol�cia Federal.

 

“N�o cogito afastamento”

Apesar de receber duras cr�ticas de deputados e na mira da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) j� descartou se afastar do comando da C�mara mesmo se for denunciado por envolvimento no esquema de corrup��o investigado pela Opera��o Lava-Jato. “A eventual den�ncia, se ocorrer, ter� de ser apreciada pelo plen�rio do STF. N�o cogito qualquer afastamento”, disse Cunha na sexta-feira. O peemedebista ironizou a aposta do Pal�cio do Planalto em sua sa�da. “Se o Planalto tivesse for�a para fazer algu�m, o presidente teria sido Arlindo Chinaglia (PT) e n�o eu”, alfinetou o peemedebista. Chinaglia foi o candidato apoiado pelo governo federal e derrotado por Cunha na elei��o da C�mara.


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