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Estado de Minas

C�pula de empreiteiras � transferida para pres�dio no Paran�

Mudan�a foi determinada pelo juiz federal S�gio Moro, respons�vel pela condu��o dos processos da Lava-Jato, a pedido da Pol�cia Federal, devido � falta de espa�o na superintend�ncia da PF


postado em 26/07/2015 00:12 / atualizado em 26/07/2015 07:39

(foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo )
(foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo )

Bras�lia
– Presos desde 19 de junho na superintend�ncia da Pol�cia Federal em Curitiba, os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, Marcelo Odebrecht e Ot�vio de Azevedo, foram transferidos na manh� de ontem para o Complexo M�dico-Penal, em Pinhais, na regi�o metropolitana da capital paranaense. A opera��o foi feita por volta das 10h30 em uma van, acompanhada por escolta policial a fim de garantir a seguran�a. Al�m de Marcelo Odebrecht e Ot�vio Azevedo, foram transferidos cinco executivos ligados � Odebrecht – Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, C�sar Ramos Rocha, Jo�o Ant�nio Bernardi Filho, M�rcio Faria da Silva e Rog�rio de Ara�jo – e Elton Negr�o de Azevedo J�nior, da Andrade Gutierrez. Os oito empreiteiros foram detidos, em car�ter tempor�rio, durante a 14ª fase da Opera��o Lava-Jato, que investiga esquema de desvio de dinheiro da Petrobras para o pagamento de propinas.

A mudan�a dos presos foi determinada pelo juiz federal S�gio Moro, respons�vel pela condu��o dos processos da Lava-Jato, a pedido da Pol�cia Federal, devido � falta de espa�o na superintend�ncia da PF. No despacho, Moro alega que “a carceragem da Pol�cia Federal, apesar de suas relativas boas condi��es, n�o comporta, por seu espa�o reduzido, a manuten��o de n�mero significativo de presos” e que a “ala espec�fica do Complexo M�dico-Penal disponibilizada pela Secretaria de Seguran�a P�blica do Paran� � local adequado para a acomoda��o dos presos no sistema prisional estadual, talvez at� com melhores condi��es do que as da carceragem da Pol�cia Federal”.

De acordo com o diretor-geral do Complexo, Marcos Muller, todos passaram pela revista e nenhum deles est� machucado. Os oito ficar�o alojados em tr�s celas na ala especial e continuar�o juntos, a princ�pio. “Vamos manter a mesma divis�o em que estavam na superintend�ncia da Pol�cia Federal para se ambientarem at� segunda-feira pelo menos”, afirmou Muller.

Com a mudan�a para o complexo m�dico, os presos ter�o algumas mudan�as na rotina. A pior delas � em rela��o � comida. Considerada “intrag�vel”, segundo relatos de pessoas que t�m contato com os detentos, ela � o principal motivo de reclama��o. A maioria dos r�us que est�o no pres�dio j� emagreceu alguns quilos depois da chegada � nova estada. Os investigados dividir�o uma cela para tr�s pessoas. No local, h� tr�s camas de concreto, uma pia e uma latrina. O banho � coletivo.

Outra diferen�a � em rela��o �s visitas, agora feitas �s sexta-feira, das 14h �s 16h. Na sede da PF, os presos s� podem tocar nos visitantes nos encontros que ocorrem na �ltima quarta-feira do m�s. Os demais contatos semanais, tamb�m �s quartas, s�o no parlat�rio, onde os presos s�o separados por um vidro, com dura��o de aproximadamente 20 minutos.

O complexo abriga outros oito envolvidos na Lava-Jato. S�o eles o ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque; o lobista e operador de propinas do PMDB Fernando Antonio Falc�o Soares, conhecido como Fernando Baiano; o ex-tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto; al�m de Adir Assad e M�rio Goes, ambos acusados de operar o esquema de desvios na estatal. Tamb�m est�o detidos no local os ex-deputados Andr� Vargas (ex-PT-PR), Pedro Corr�a (ex-PP-PE) e Luiz Arg�lo (ex-SDD-BA).

DEN�NCIA Os empreiteiros foram denunciados formalmente pelo Minist�rio P�blico Federal na sexta-feira por corrup��o, organiza��o criminosa e lavagem de dinheiro. Os procuradores da Opera��o Lava-Jato pediram � 13ª Vara Federal de Curitiba que eles, e outros 20 r�us, sejam condenados a pagar R$ 7,25 bilh�es em ressarcimento pelos danos causados � Petrobras com o esquema de desvio de dinheiro para propinas. Os executivos negam qualquer envolvimento nos crimes. Tamb�m na sexta-feira, a Justi�a Federal do Paran� decretou nova pris�o preventiva de Marcelo Odebrecht e outros quatro executivos. Moro alegou que a empresa disp�e dos meios para “interferir de v�rias maneiras na coleta da provas, seja pressionando testemunhas, seja buscando interfer�ncia pol�tica”.

Segundo o Minist�rio P�blico Federal, foram 223 atos de corrup��o e outros 242 de branqueamento de capitais. Tudo para, segundo a Pol�cia Federal e a Procuradoria, garantir contratos com a Petrobras. As propinas eram destinadas a pol�ticos, partidos e funcion�rios da Petrobras. Para custe�-las, as empreiteiras embutiam uma taxa de 1% a 3% nas propostas � estatal. As obras ainda eram acertadas por um cartel de construtoras.


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