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Estado de Minas

Planalto teme que investiga��o atinja aliados de Renan


postado em 29/07/2015 07:31 / atualizado em 29/07/2015 07:45

Bras�lia - A preocupa��o do Pal�cio do Planalto com a nova fase da Opera��o Lava-Jato, batizada de Radioatividade, reside principalmente no PMDB no Senado. Em crise, o governo precisa do apoio do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para enfrentar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que comanda a C�mara, e tem poder para admitir a tramita��o de pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Investiga��es da Pol�cia Federal apontam que propinas pagas ao almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, ocorreram de 2011 a 2015. At� o fim de 2014, o senador Edison Lob�o (PMDB-MA), integrante do grupo de Renan e do ex-presidente da Rep�blica Jos� Sarney, esteve no comando do Minist�rio de Minas e Energia.

Embora o Planalto j� espere que essa etapa da Lava-Jato tamb�m atinja pol�ticos do PMDB, uma vez que o partido � respons�vel pelo loteamento do setor el�trico, a extens�o da opera��o sobre aliados de Renan ainda � uma inc�gnita.

A inclus�o do nome de Pinheiro da Silva no esquema surpreendeu o governo, uma vez que o almirante � considerado um dos maiores especialistas do mundo em ur�nio enriquecido. Apesar de o PMDB saber que Lob�o aparecer� novamente nesta fase da Lava-Jato, interlocutores de Dilma argumentam que, na atual conjuntura, qualquer not�cia envolvendo aliados tem potencial de provocar nova crise pol�tica. O senador j� � investigado pela Lava-Jato desde o ano passado.

Em dela��o ao Minist�rio P�blico, em 2014, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que Lob�o, ent�o ministro de Minas e Energia, pediu a ele R$ 1 milh�o, em 2008. Lob�o tamb�m foi citado na dela��o do dono da UTC, Ricardo Pessoa, como benefici�rio de suborno na pasta. A empreiteira � uma das contratadas pela Eletronuclear para as obras em Angra 3. Lob�o nega as acusa��es.

Aproxima��o

Para o governo e a c�pula do PMDB, a Lava-Jato tem potencial para atrapalhar as tentativas de aproxima��o com Renan - o governo depende do presidente do Senado para aprovar o projeto que rev� a desonera��o da folha de pagamento das empresas, �ltima etapa do ajuste fiscal, e impedir a "pauta-bomba", com propostas que aumentam os gastos. Al�m disso, ele pode fazer um contraponto a Cunha e barrar a tramita��o de poss�veis pedidos de impeachment.

Renan, no entanto, tamb�m � alvo da Lava-Jato. Desde ent�o, dizendo-se "injusti�ado", j� imp�s v�rias derrotas ao Planalto. O receio do governo � de que senadores aliados acabem adotando a mesma posi��o de Cunha, rompendo com Dilma. Cunha declarou guerra ao Planalto depois de vir a p�blico a dela��o do lobista Julio Camargo, que o acusou de t�-lo pressionado a pagar propina de US$ 5 milh�es. Para o presidente da C�mara houve uma "conspira��o palaciana".

A CPI da Petrobras, controlada pelo PMDB, n�o deve mirar no esquema na Eletronuclear. Um pedido para a cria��o da CPI do Setor El�trico chegou a ser apresentado no in�cio do ano pelo tucano Carlos Sampaio (SP), mas n�o foi adiante.


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