
Haver� prioridade aos pagamentos de emendas parlamentares para compra de m�quinas e equipamentos, mas as verbas para gastos com obras tamb�m ser�o contempladas.
"N�o tem nenhum milagre. O que tem, pura e simplesmente, � que o governo est� cumprindo a Lei Or�ament�ria. A nossa esperan�a � que a base do governo se solidifique mais", disse � reportagem o ministro Eliseu Padilha (Avia��o Civil), que atua diretamente na articula��o pol�tica do governo. "Queremos mostrar que, no embate pol�tico, temos que unir for�as", afirmou.
Um l�der partid�rio disse ter recebido telefonema do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), para comunicar a libera��o de emendas.
Durante o recesso parlamentar, deputados demonstraram indigna��o com a dificuldade em obter as verbas do or�amento. Eles dizem estar sendo pressionados por prefeitos em suas bases eleitorais que, �s v�speras das elei��es, n�o t�m recursos para executar as obras.
Em outra frente para atender � demanda nos Estados, a presidente Dilma Rousseff re�ne hoje, em Bras�lia, os 27 governadores em busca de ajuda para evitar a aprova��o de gastos extras previstos em projetos do Congresso, a chamada "pauta-bomba" de despesas para a Uni�o, Estados e munic�pios.
Dilma tamb�m tentar� dar um tom menos pessimista sobre o futuro da economia, mesmo em meio � crise aguda. Os ministros da �rea econ�mica devem apresentar dados mostrando que a economia pode come�ar a reagir j� no fim deste ano e, apesar das dificuldades, h� uma luz no fim do t�nel.
Recupera��o
Na reuni�o de coordena��o pol�tica, na segunda-feira, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, apresentou a seus colegas da �rea pol�tica dados mostrando que h� ind�cios de uma rea��o e uma recupera��o real j� no ano que vem. Ontem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou, ao sair de uma reuni�o com empres�rios, que h� sinais de boas not�cias, como uma leve recupera��o das exporta��es.
Dilma quer que os dois ministros fa�am a mesma apresenta��o aos governadores. A inten��o � angariar apoio �s medidas que est�o sendo tomadas para tentar recuperar a economia e, indiretamente, � pr�pria presidente, em uma tentativa de mostrar que h� um projeto de governo e que Dilma � a garantia da solu��o para a crise econ�mica.
A presidente quer mostrar os caminhos que o governo est� tra�ando para sair da crise, que h� viabilidade pol�tica nas suas propostas e que todos podem se beneficiar deles, desde que mobilizem suas bancadas para aprovar projetos importantes na recupera��o da economia e na repatria��o de recursos.
O Planalto afirma que todos os governadores confirmaram presen�a na reuni�o desta quinta-feira, inclusive os de oposi��o - apenas no caso de Mato Grosso do Sul deve vir a vice, Rose Modesto (PSDB). H�, tamb�m um movimento, mesmo entre os tucanos, de ajudar o governo na tentativa de barrar novos gastos no Congresso para evitar um efeito cascata nos Estados - entre elas, a possibilidade de derrubada do veto ao reajuste do Poder Judici�rio, que podia chegar a 78%.
Dilma deve pedir a coopera��o dos governadores, por exemplo, para barrar o projeto que altera a corre��o do FGTS e o equipara � corre��o da poupan�a - uma das propostas do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que est� rompido com o governo.