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Estado de Minas

Zelada teve 15 encontros oficiais com lobista do PMDB, revela agenda


postado em 10/08/2015 20:07 / atualizado em 10/08/2015 20:38

O ex-diretor de Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada, que virou r�u por corrup��o em processo criminal da Opera��o Lava-Jato, encontrou-se 16 vezes com o lobista Jo�o Augusto Rezende Henriques, apontado como operador de propinas do PMDB. As reuni�es ocorreram no per�odo de 2003 a 2008.

A Lava-Jato revela que na contrata��o do navio-sonda Titanium Explorer a propina acertada era de US$ 31 milh�es, dos quais US$ 20,8 milh�es teriam sido efetivamente pagos. A cota do PMDB, afirma a Procuradoria da Rep�blica, chegou a US$ 10 milh�es, em 2009.

Zelada sucedeu Nestor Cerver� na diretoria Internacional da estatal. Cerver� foi preso em janeiro por suposto recebimento de propinas.Zelada tamb�m est� preso. Nesta segunda-feira, 10, o juiz federal S�rgio Moro recebeu a den�ncia contra Zelada e mais cinco investigados na contrata��o do navio-sonda.

O Minist�rio P�blico Federal constatou que Jo�o Henriques foi executivo da Petrobras, de onde saiu para exercer a atividade de lobista. A Procuradoria da Rep�blica registrou na den�ncia contra Zelada e Jo�o Henriques um total de dezesseis encontros marcados. Ao apontar as datas s�o anotadas quinze reuni�es.

"A an�lise da agenda funcional de Jorge Luiz Zelada revela que foram marcados dezesseis encontros oficiais entre o lobista e ex-empregado da Petrobras no per�odo de 18 de agosto de 2003 a 11 de dezembro de 2008", registra a den�ncia do Minist�rio P�blico Federal contra Zelada, Henriques e outros quatro r�us, entre eles o delator Hamylton Padilha.

Nos autos da Lava-Jato, Henriques "afirmou que conheceu Jorge Luiz Zelada na �poca em que trabalhou na Petrobras (anos 90) e que manteve neste per�odo rela��es de amizade com o ex-diretor da �rea Internacional".

Por sua vez, Hamylton Padilha, novo delator da Lava-Jato, atuava como lobista e operador de propinas de empresas multinacionais. Padilha relatou que no final de 2008 passou a atuar para a Vantage Drilling nas negocia��es com a �rea Internacional e que foi procurado por outro lobista, Raul Schmidt Felippe Junior, para pagamento de propinas a agentes da estatal no fechamento do neg�cio - o fornecimento do navio-sonda Titanium Explorer pelo valor de US$ 1.816.000,00.

"Na conversa, Raul Schmidt Felippe Junior informou a Hamylton Padilha que nesta negocia��o o interlocutor direto sobre o tema de propina seria Jo�o Augusto Rezende Henriques, ex-funcion�rio da Petrobras e conhecido como um lobista ligado ao PMDB, partido que dava sustenta��o pol�tica para Zezada permanecer no cargo", informam os procuradores da Lava-Jato.

"Caberia a Jo�o Augusto Rezende Henriques realizar o pagamento da vantagem indevida em favor do PMDB, enquanto Hamylton Padilha se encarregaria de pagar a parte da propina destinada a Eduardo Musa (ex-gerente da estatal) e Raul Junior. Este, por sua vez, transferiria a parte da propina devida a Jorge Zelada", assinala o Minist�rio P�blico Federal Rastros do dinheiro. "O pagamento de vantagem indevida destinada ao partido PMDB ocorreu por interm�dio do lobista Jo�o Augusto Rezende Henriques", informa a Lava Jato. Foram US$ 15,5 milh�es acordados mediante um contrato de "Comission Agreement" pela empresa chinesa que forneceu o navio-sonda e era representada por Hamylton Padilha.

No total, o MPF aponta o acerto de US$ 31 milh�es em propina por conta do contrato do navio Titanium Explorer, no entanto o pagamento efetivado foi de US$ 20,8 milh�es.


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