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Estado de Minas

Ex-diretor da BR Distribuidora reconhece que indica��o foi 'referendada' por PTB


postado em 10/08/2015 20:19 / atualizado em 10/08/2015 20:53

Alvo de busca e apreens�o na Opera��o Lava-Jato em julho, o ex-diretor da BR Distribuidora Jos� Zonis encaminhou manifesta��o ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 10, na qual nega ter rela��o pessoal com o senador Fernando Collor (PTB-AL) ou ainda ter favorecido a empresa de Ricardo Pessoa, a UTC. Ele reconhece, no entanto, que sua indica��o ao cargo foi "referendada" pelo partido do senador.

Ap�s alega��o de que Zonis n�o recebeu "apadrinhamento pol�tico" de Collor, os advogados do ex-diretor afirmam que ele descobriu, "a posteriori", que sua indica��o � BR Distribuidora "havia sido submetida a uma esp�cie de referendo do senador Fernando Collor e/ou do PTB". A defesa argumenta que a indica��o n�o o transforma "em marionete de agentes pol�ticos". "A BR Distribuidora � uma companhia p�blica cujo controle acion�rio pertence ao Governo Federal. Se o Governo delegou certas indica��es a um partido aliado, tal fato se deve a um jogo de poder que n�o h� pesar negativamente contra um funcion�rio, notoriamente apartid�rio, selecionado no corpo t�cnico da companhia", escrevem os advogados.

Em subitem da peti��o denominado "as mentiras do delator", os advogados de Jos� Zonis rebatem informa��es prestadas pelo dono da UTC em dela��o premiada. Nos depoimentos, Pessoa indicou que o ex-diretor favoreceu a empreiteira em contratos para a constru��o de bases e terminais da BR Distribuidora. A afirma��o, de acordo com a peti��o enviada ao STF, � "falsa e mentirosa".

Zonis, que ocupou a diretoria de Opera��es e Log�stica da BR Distribuidora, foi alvo da Opera��o Politeia no dia 14 de julho, primeira fase da Lava-Jato que atingiu parlamentares. Embora tenha deixado a fun��o de dire��o, Zonis � funcion�rio de carreira e continua despachando na empresa. Tamb�m foi alvo de busca na mesma opera��o o ex-diretor da BR Distribuidora Luiz Cl�udio Caseira Sanches.

"� claro que o requerente (Zonis) conheceu e interagiu com o empres�rio Ricardo Ribeiro Pessoa, pois isto era necess�rio j� que este passou a ser um prestador de servi�os da DIOL (Diretoria de Opera��es e Log�stica). Os contatos, entretanto, foram muito formais, com a presen�a sempre de v�rios funcion�rios. Nenhum encontro �s escondidas", escrevem os advogados.

Em depoimento, Ricardo Pessoa narrou que entre o fim de 2011 e in�cio de 2012, no decorrer dos contratos, Zonis "come�ou a criar problemas". O empreiteiro narrou que "passou a ter dificuldade em receber os pagamentos da BR Distribuidora" e que "teve a impress�o de que Zonis tinha se desincompatibilizado com seus pares e padrinhos, a ponto de deixar a diretoria". Zonis tamb�m nega ter vazados "listas de empresas" que seriam escolhidas por Pessoa para "pr�-sele��o" das que iriam participar de licita��es.

A Procuradoria-Geral da Rep�blica considerou "absolutamente veross�mil e prov�vel" a possibilidade de Zonis ter recebido propina. O Minist�rio P�blico apontou que o aporte de R$ 1,040 milh�o por parte do ex-diretor para um fundo de previd�ncia privada chamou a aten��o do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O funcion�rio da BR Distribuidora alega que o valor foi oriundo de um "resgate de uma antiga aplica��o em fundo de investimento" com economias adquiridas ao longo do tempo por ele e por sua esposa. Como diretor da BR, Zonis recebia sal�rio de R$ 80 mil, al�m de renda como conselheiro da Liquig�s e da Companhia de Distribui��o de G�s Natural.


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