
Um escrit�rio em Bras�lia alvo de mandados de busca e apreens�o da PF na Opera��o “Pixuleco 2”, a 18ª fase da Lava-Jato, nesta quinta-feira (13) era empresa de fachada que recebeu R$ 7,2 milh�es de firmas investigadas no esquema de desvios do Minist�rio do Planejamento. � o que apontam relat�rios da Pol�cia Federal obtidos pela reportagem.
A JD2 Consultoria e outras nove firmas eram usadas pelo ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano, apontado por delegados como operador de esquema de propinas em contratos de cr�dito consignado no minist�rio. “Foi poss�vel reunir fortes ind�cios de que parte das empresas indicadas por Alexandre Romano consistem em empresas ‘de fachada’, n�o possuindo estrutura empresarial e m�o-de-obra contratada para prestar os servi�os (falsamente) contratados”, afirmam os delegados Filipe Hille Pacce e Renata Rodrigues, no pedido de busca e apreens�o no escrit�rio.
A JD2 Consultoria teve apenas “de um a dois” funcion�rios registrados, segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Minist�rio do Trabalho. A firma funciona num pr�dio no Setor Hoteleiro Sul de Bras�lia e j� foi chamada de Larc Administra��o e Consultoria Ltda.

A consultoria recebeu doze pagamentos que somaram R$ 1,2 milh�o entre maio de 2012 e janeiro de 2013. Quem fez os repasses foi a Consist Software, que prestava servi�os ao Minist�rio do Planejamento.
As notas fiscais “dizem respeito a presta��o de consultoria, sem especifica��o da �rea, sendo emitidas mensalmente pela JD2, sem indica��o da exist�ncia de contrato de presta��o de servi�o”, afirma o agente da PF Wiliton Gabriel Pereira, no relat�rio de an�lise 466.
Outros neg�cios
Em outros neg�cios relatados pela PF, a JD2 Consultoria recebeu mais R$ 1,6 milh�o da SRW Inform�tica em 2013 e mais R$ 4,3 milh�es da Consist Business, entre janeiro de 2014 e mar�o deste ano. Ao todo, R$ 7,2 milh�es.
A JD2 Consultoria est� registrada em nome de D�rcio Guedes de Soua e M�rcia N�lia Garcia e Souza. Procurados, eles n�o foram localizados pela reportagem, mas um funcion�rio negou as acusa��es do relat�rio da PF. Ele n�o quis se identificar � reportagem e estava acompanhando o trabalho dos policiais federais. Segundo o funcion�rio, D�rcio estava embarcando em um avi�o para S�o Paulo.