
Com Jorge concorda a empres�ria Mariangela Lopes Can�ado, de 60. “Prejudica o com�rcio que j� est� em dificuldades e as pessoas que dependem desse dinheiro. Muito espanta, porque os gastos do governo continuam. E o sacrif�cio � em cima do povo”, criticou. Opini�o semelhante manifesta Isolino Ferreira Filho, de 71, aposentado que foi securit�rio. “A decis�o de n�o manter a antecipa��o � p�ssima, pois todos est�o apertados, precisando do dinheiro. E quem fez d�vidas contando com o pagamento?”, indagou.

Com o aperto de caixa, o governo bate cabe�a em torno desta quest�o. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy j� declarou n�o haver recursos dispon�veis no momento para a antecipa��o do abono natalino aos aposentados. Para ter uma ideia do que representa para o caixa do governo a antecipa��o, no ano passado foram transferidos em agosto R$ 13,9 bilh�es para cerca de 27 milh�es de aposentados e pensionistas.
A decis�o ainda n�o foi anunciada oficialmente. E o ministro da Previd�ncia, Carlos Gabas, em diversas reuni�es com as entidades representantes de aposentados tem manifestado preocupa��o. Tecnicamente, o INSS pode realizar a antecipa��o este m�s, desde que o decreto presidencial seja publicado nos pr�ximos dias. Mas na pr�tica, esta n�o � uma medida desejada pela equipe econ�mica.
Sindicato vai ao Suprremo
O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da For�a Sindical entrou com uma a��o no Supremo Tribunal Federal (STF), nessa ter�a-feira (18), pedindo que o governo seja obrigado a depositar a primeira parcela do 13º. Se o pedido for negado, a entidade quer que o STF suspenda a cobran�a por parte de institui��es financeiras a quem tomou dinheiro emprestado para antecipar o benef�cio. Na pr�tica, o sindicato sabe que haver� apenas mais desgaste pol�tico, pois n�o existe lei prevendo o adiantamento do 13º no INSS. A antecipa��o de metade do benef�cio foi iniciada em 2006, a partir de um acordo entre governo e representantes dos aposentados e pensionistas. Segundo a Previd�ncia esse acordo se estendia apenas at� 2010. De l� para c�, teria sido estendido por liberalidade do governo para manter a economia aquecida.
