
O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, n�o ir� pedir o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da cadeira de presidente da C�mara na den�ncia que deve ser oferecida ainda nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com fontes com acesso �s investiga��es de pol�ticos na Lava-Jato.
Investigadores que trabalham na apura��o sobre Cunha n�o descartam, contudo, fazer o pedido em outro momento, se o deputado realmente passar a responder por uma a��o penal no STF, por exemplo. O entendimento de juristas � de que deve haver sinais de que o presidente da C�mara usa o cargo a seu favor de forma irregular para fazer a solicita��o do afastamento - que pode ser feito pela pr�pria Casa Legislativa ou via Judici�rio.
Na �ltima semana, a tese do pedido de afastamento ganhou for�a ap�s Janot enviar parecer ao STF no qual escreveu que a C�mara atuou "em exclusivo interesse particular" de Cunha ao ingressar na Corte para anular provas contra o peemedebista. Ontem, Cunha afirmou que qualquer partido tem o "direito democr�tico" de pedir sua sa�da, mas que n�o pretende se afastar.
"Eu n�o farei afastamento de nenhuma natureza. Vou continuar exatamente no exerc�cio pelo qual eu fui eleito pela maioria da Casa. Absolutamente tranquilo e sereno com rela��o a isso", afirmou. A expectativa � que Janot ofere�a ainda nesta tarde den�ncias contra Cunha e tamb�m contra o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), por corrup��o e lavagem de dinheiro.
O oferecimento de den�ncia consiste em uma acusa��o formal feita pelo Minist�rio P�blico Federal contra os pol�ticos por entender que j� h� ind�cios de provas suficientes para que eles respondam uma a��o penal. Eles s� se tornam r�us ap�s o STF receber a den�ncia, ou seja, aceitar a acusa��o proposta pela PGR.