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Estado de Minas CRISE DOS N�MEROS

Economia em frangalhos � maior desafio do governo

Al�m disso, Dilma Rousseff est� �s voltas com uma crise entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o vice-presidente Michel Temer (PMDB)


postado em 23/08/2015 06:00 / atualizado em 23/08/2015 07:22

Rejeitado nas ruas durante manifestações pró-Dilma, ministro Levy não consegue se entender com a base aliada e sua própria equipe econômica (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
Rejeitado nas ruas durante manifesta��es pr�-Dilma, ministro Levy n�o consegue se entender com a base aliada e sua pr�pria equipe econ�mica (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil )
Acuado pela acusa��o de corrup��o e lavagem de dinheiro e de embolsar propina de US$ 5 milh�es de um estaleiro que construiu dois navios para a Petrobras, o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), parece ser agora o menor dos males para o governo Dilma Rousseff (PT). No Pal�cio do Planalto, a interpreta��o � que ser� dif�cil um presidente denunciado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) ter condi��es pol�ticas para conduzir um processo de impeachment da petista. Mas o governo ainda tem pela frente um forte inimigo para combater: os n�meros p�fios da economia. E ainda est� �s voltas com uma crise entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy e o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que tem como aliado o ministro da Avia��o Civil, Eliseu Padilha, seu auxiliar na articula��o pol�tica.

Nas manifesta��es de apoio a Dilma Rousseff realizadas na quinta-feira em 34 cidades de todos os estados brasileiros e o Distrito Federal, foram v�rios os gritos de “Fora, Levy” pelos descontentes com a pol�tica econ�mica e os �ltimos �ndices registrados no Brasil. Em algumas capitais, como Belo Horizonte e Rio de Janeiro, os manifestantes chegaram a fazer um protesto em frente �s sedes do Minist�rio da Fazenda. As medidas do ajuste fiscal foram fortemente criticadas nas manifesta��es.

E o governo tem motivo para se preocupar. Na sexta-feira, as not�cias desfavor�veis pipocaram na imprensa. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) divulgou a pr�via da infla��o oficial, que chegou a 0,43% em agosto, ap�s o �ndice de 0,5% em julho. Apesar da desacelera��o, foi o �ndice mais alto para agosto dos �ltimos 11 anos. No acumulado dos �ltimos dois meses, o �ndice � de 9,57% – o maior desde dezembro de 2003, que foi de 9,86%.

Enquanto isso, o Cadastro Geral de Empregados (Caged) informou que, no m�s passado, foram fechados 157.905 postos de trabalho com carteira assinada no pa�s. O resultado de julho representa a menor gera��o de empregos para o m�s desde 1992, quando iniciou a s�rie hist�rica. Segundo o Minist�rio do Trabalho, no acumulado do ano, houve perda de 494.386 vagas. Nos �ltimos 12 meses, o n�mero chega a 778.731.

J� a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) informou que o segundo semestre deste ano come�ou com uma queda na produ��o, ociosidade elevada e estoques acima do planejado, segundo pesquisa realizada com 2.942 ind�strias de todo o Brasil entre os dias 3 e 13 deste m�s. O �ndice de produ��o somou 44 pontos em julho – um aumento de 3,7 pontos em rela��o a junho, mas, como o �ndice permaneceu abaixo de 50 pontos, o resultado mostra uma manuten��o da queda da produ��o industrial, segundo a CNI.

RESFRIADO
Diante dos dados negativos para a equipe econ�mica, Joaquim Levy tem enfrentado resist�ncias n�o s� do povo, mas dentro do governo e na base aliada – especialmente em raz�o da sua posi��o “linha-dura”. Na quarta-feira passada, quando foi votado o projeto que aumenta tributos para setores da economia – a chamada reonera��o – o embate foi com os senadores do PMDB e PT. Em uma tentativa de acordo para a aprova��o do texto, senadores da legenda tentaram excluir o setor de transportes da reonera��o.

Consultado por Michel Temer sobre o assunto, Levy teria respondido negativamente � concess�o para os transportes, desagradando em cheio ao vice-presidente. Por essas e outras, Temer tem se sentido desconfort�vel na fun��o de fazer a ponte com o Congresso e deve deixar a articula��o. O ministro da Avia��o Civil, Eliseu Padilha, tamb�m foi alvo das negativas do ministro da Fazenda. Depois de ter teria assegurado a libera��o de R$ 500 milh�es em emendas parlamentares aos l�deres da C�mara, com o aval de Levy, foi desmentido pelo ministro, provocando a ira do colega de governo.

Por ocasi�o do an�ncio do corte de R$ 69,9 bilh�es no Or�amento da Uni�o, em maio, vieram � tona as diverg�ncias entre Joaquim Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Oficialmente, um resfriado teria impedido a presen�a do titular da Fazenda no evento, mas nos bastidores, Levy estaria inconformado por ter sido vencido na defesa de corte de R$ 80 bilh�es e pelas informa��es que seriam repassadas � imprensa.

Joaquim defendia que o governo divulgasse um cen�rio mais negativo sobre a situa��o do caixa do governo e a possibilidade de uma reavalia��o das receitas. Sem a presen�a dele, coube a Nelson Barbosa fazer sozinho a apresenta��o dos cortes.


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