Bras�lia - Diante do conflito interno entre os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, que culminou com a decis�o do Planalto de pedir o adiamento da vota��o da amplia��o do Simples Nacional, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o governo da presidente Dilma Rousseff � "confuso" e "fica batendo cabe�a".
O governo apresentar� um requerimento para tentar adiar a vota��o do projeto que amplia o alcance do regime simplificado de tributa��o, o Simples Nacional. O texto estava previsto para ser apreciado nesta ter�a-feira.
Afif � defensor do projeto. Na semana passada, esteve no Congresso fazendo lobby para que a vota��o ocorresse nesta semana. Na noite de ontem, em jantar na resid�ncia oficial do presidente da C�mara, explicou a proposta a v�rios l�deres, por celular.
O ministro titular de uma das pastas que deve ser cortada na reforma administrativa anunciada pelo governo ontem divulgou um impacto de R$ 3,9 bilh�es ao ano, compensados, segundo ele, pela falta de corre��o da tabela do Simples Nacional pela Receita Federal (R$ 1,9 bilh�o) e pelo aumento da formaliza��o (R$ 2 bilh�es). Na segunda-feira, no entanto, a Receita Federal divulgou relat�rio em que estima um impacto anual muito maior - R$ 11,43 bilh�es.
Afif foi chamado para conversar com a presidente Dilma Rousseff na tarde de hoje. A aliados, o ministro n�o escondeu sua irrita��o e amea�ou, inclusive, fazer uma manifesta��o contr�ria � decis�o do governo.
O Simples � um regime tribut�rio especial que permite o pagamento, em uma �nica guia, de oito impostos. Atualmente, a empresa pode faturar at� R$ 3,6 milh�es por ano para participar do programa. Com a mudan�a defendida por Afif, o teto passa para at� R$ 14,4 milh�es.
A oposi��o aproveitou a pol�mica para criticar o governo. "O governo deveria se entender preliminarmente", disse o l�der do DEM, Mendon�a Filho (PE).