(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Empresariado reage contra volta da CPMF

Fantasma do retorno do imposto sobre movimenta��es financeiras assombra setor produtivo, que teme o impacto da medida sobre a atividade econ�mica, com reflexos diretos no emprego


postado em 28/08/2015 06:00 / atualizado em 28/08/2015 11:24

Clique aqui para ampliar a imagem
Clique aqui para ampliar a imagem
O setor produtivo reage diante da possibilidade do retorno da Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF), que vigorou a partir de1997 no governo Fernando Henrique Cardoso e se estendeu por 10 anos, at� ser derrotada em 2007 no Senado Federal. “Somos completamente contr�rios. A sociedade j� est� muito onerada. Esse � um imposto de m� qualidade porque � cumulativo e incide sobre toda a cadeia produtiva”, criticou nessa quinta-feira (27) o presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson Andrade. “Os governos t�m de fazer cortes, t�m de cortar gastos, na carne. N�o d� mais para ficar s� tentando aumentar a receita. Quanto mais o imposto aumentar, menor vai ser a arrecada��o, pois a atividade econ�mica, que j� est� ruim, vai piorar. � um absurdo isso”, declarou Andrade.


Embora o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer (PMDB), tenha classificado nessa quinta-feira de “burburinho” a poss�vel reedi��o da CPMF, o assunto, que divide o governo Dilma Rousseff, tem sido considerado pela equipe econ�mica como parte de um conjunto de medidas para “fechar” o Or�amento da Uni�o de 2016: � de cerca de R$ 60 bilh�es a dist�ncia entre o que se projeta de receitas e as despesas, montante superior inclusive � meta de economia de 0,7% do PIB, de R$ 43,8 bilh�es.

Nessa quinta-feira, o ministro da Sa�de, Arthur Chioro, confirmou a proposta do governo de um novo imposto para financiar a sa�de. O imposto deve nascer com um novo nome – Contribui��o Interfederativa da Sa�de (CIS) – e arrecadar at� R$ 85 bilh�es por ano. Diferentemente da CPMF, cuja arrecada��o era destinada somente para o governo federal, a nova proposta prev� a divis�o dos recursos entre munic�pios, estados e governo federal – tudo tem que ser investido em sa�de.

Com o presidente da CNI fazem coro os empres�rios mineiros. “A volta da CPMF ou de qualquer outro imposto s� demonstra que o governo s� busca solu��es baseadas em aumento da carga tribut�ria”, reclamou Emir Cadar, presidente do Sindicato da Ind�stria da Constru��o Pesada (Sicepot). “O impacto dessa medida na economia seria p�ssimo, pois as empresas demitiram e continuam demitindo e enxugando gastos. Esse n�o � o caminho”, afirmou Cadar.

Opini�o semelhante manifestou Olavo Machado, presidente a Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), para quem a equipe econ�mica deve criar condi��es para a retomada do crescimento. “O que querem? Que a economia definhe ainda mais? Qualquer insinua��o de aumento de impostos mostra a incompet�ncia de quem conduz a economia. Nos Estados Unidos eles crescem para pagar as contas. Aqui quem paga � cada vez menos empresas, que est�o fechando as portas porque n�o aguentam a carga tribut�ria”, disse Machado.

PARTILHA Enfrentando a retra��o econ�mica e a queda na arrecada��o, o governo estuda a volta da CPMF porque precisa fechar o projeto de Or�amento de 2016 com super�vit. Como � grande a resist�ncia tamb�m no Congresso Nacional, a equipe econ�mica estuda uma forma de torn�-lo palat�vel, acenando para a discuss�o em torno da partilha com estados e munic�pios. Os t�cnicos consideram que n�o apenas esse tributo seria uma fonte de receitas num momento de vacas magras, como principalmente, ajudaria no combate � sonega��o fiscal, porque a fiscaliza��o da Receita Federal ganharia uma ferramenta para contrapor as informa��es da movimenta��o financeira com os valores declarados pelas empresas e pessoas f�sicas.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)