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Estado de Minas

Odebrecht mant�m sil�ncio sobre corrup��o investigada na Lava-Jato


postado em 31/08/2015 06:00 / atualizado em 31/08/2015 07:50

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Bras�lia – A Odebrecht voltou a usar o sil�ncio sobre temas fundamentais investigados na Opera��o Lava-Jato na sua rela��o com o Judici�rio e com a sociedade. Um dos principais motivos da estrat�gia foi a apresenta��o do Minist�rio P�blico ao denunciar o presidente da corpora��o, Marcelo Odebrecht, e outras pessoas ligadas � empresa. Na ocasi�o, os procuradores confrontaram declara��es da empresa de que n�o possu�a contas banc�rias no exterior com documentos banc�rios atestando a propriedade de contas que levaram dinheiro at� ex-diretores da Petrobras acusados de receberem propina. Nem a resposta � acusa��o, feita por uma banca de advogados, tratou do conte�do das acusa��es contra a maior construtora do pa�s.

At� a pris�o de seu principal l�der, a empresa evitava tratar do assunto quando era levantada alguma suspeita de corrup��o. � Justi�a e � imprensa, a Odebrecht se limitava a negar, sempre “veementemente”, pr�ticas ilegais de cartel, superfaturamento, propina e lavagem de dinheiro. Quando a Pol�cia Federal coloca Marcelo Odebrecht atr�s das grades, h� uma guinada. A empresa fez quest�o de publicar um comunicado nos principais jornais brasileiros, desmentindo as suspeitas, e criticando a PF, a Procuradoria e o juiz da 13ª Vara Federal, S�rgio Moro, com express�es como “medidas desnecess�rias”, “ilegais” e que eram “uma afronta aos princ�pios mais b�sicos do Estado de Direito”.

No texto, rebateu um dos argumentos da Pol�cia Federal, o de que a propina de contratos da Petrobras escorreu da empreiteira, passando pela Constructora Del Sur, do Panam�, at� chegar a ex-diretores da estatal. “Quanto aos pagamentos supostamente realizados pela Constructora Internacional del Sur, a Odebrecht reitera que nenhuma de suas empresas possui, nem nunca possuiu, qualquer v�nculo nem efetuou qualquer pagamento � referida empresa”, garantiu a empresa, no comunicado publicado em 22 de junho. Em outro comunicado, de 21 de julho, assegurou: “A Odebrecht nega ter feito qualquer pagamento ou dep�sito em suposta conta de qualquer pol�tico, executivo ou ex-executivo da estatal”.

Mas as palavras da empresa foram usadas contra eles pr�prios. Na avalia��o de uma importante fonte ligada ao caso, o m�todo e o conte�do dos argumentos da empreiteira n�o eram simplesmente um “ataques �s institui��es”, mas tamb�m um problema t�cnico pois produzia provas contra a construtora. Ao apresentar a den�ncia contra Marcelo Odebrecht e outros executivos do grupo, o procurador Deltan Dallagnol comparou as afirma��es de 22 de junho e 21 de julho com documentos mostrando contas no exterior – administradas pela empreiteira – com repasses para ex-diretores da Petrobras. “N�s nos aproximamos da verdade por meio de provas e documentos”, disse ele. “N�o existem teorias da conspira��o.”

Principalmente depois desse epis�dio, a Odebrecht silenciou. Passou a atacar v�cios no processo, come�ando por “vazamentos” em processos p�blicos. Segundo a advogada Dora Cavalcanti, que trabalhou com o falecido criminalista M�rcio Thomaz Bastos e atua junto com Nabor Bulh�es no caso, a PF est� anexando, ao processo, pap�is que nada t�m a ver com a investiga��o. Isso exp�e a vida privada de familiares de Marcelo Odebrecht. “Estamos estudando a den�ncia: n�o tem nada de diferente nisso”, limitou-se a dizer Dora � reportagem.


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