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Estado de Minas

Grito dos Exclu�dos na Pra�a da S� lembra mortes nas escadarias da catedral


postado em 07/09/2015 13:45

O ato do Grito dos Exclu�dos, que ocorreu hoje na Pra�a da S�, no centro da capital paulista, lembrou as mortes ocorridas nas escadarias da catedral na �ltima sexta-feira (4). Os participantes deram um abra�o simb�lico na igreja, onde ocorreu o fato, que teve como desfecho a morte de duas pessoas. Uma delas era o pedreiro Francisco Erasmo de Lima, de 61 anos, que tentou desarmar um homem que mantinha uma mulher ref�m, segundo informa��es da Pol�cia Militar. Inicialmente, o ato seguiria para a regi�o da Luz, conhecida como cracol�ndia, mas, devido a chuva, a manifesta��o foi encerrada, por volta das 12h30, no mesmo local da concentra��o.

Paulo Pedrini, coordenador da Pastoral Oper�ria Metropolitana de S�o Paulo e integrante da coordena��o estadual do Grito dos Exclu�dos, lembrou que o ato j� estava marcado para a Pra�a da S�, mas ganhou um simbolismo especial com o fato da �ltima sexta-feira. “O rapaz morava aqui na pra�a, era um morador de rua, e acabou dando a vida para salvar algu�m que nem conhecia. Um exclu�do que d� uma li��o dessa para a sociedade”, disse. O ato, que ocorre tradicionalmente no 7 de Setembro, � organizado por pastorais sociais, movimentos populares e centrais sindicais.

Padre J�lio Lancellotti, coordenador da Pastoral de Rua, chamou a aten��o para a explora��o midi�tica do fato. “� a espetaculariza��o da trag�dia humana. O que se viu foi transformar isso em um espet�culo com a busca pela audi�ncia”, avaliou. O papel da m�dia faz parte do tema do Grito dos Exclu�dos deste ano Que Pa�s � Este, Que Mata Gente, Que a M�dia Mente e Nos Consome. Lancellotti criticou a abordagem da m�dia em identificar bandidos e her�is nesta hist�ria. “Os dois s�o v�timas do mesmo sistema”, destacou. A Secretaria de Seguran�a P�blica de S�o Paulo n�o deu informa��es sobre o andamento das investiga��es.

O ato na Pra�a da S� come�ou �s 9h com uma missa. Durante a Homilia, Dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de S�o Paulo, lembrou a situa��o de imigrantes e refugiados pelo mundo. “Temos que ter abertura para acolher aqueles que vivem situa��o de conflito que v�m em busca de paz”, declarou. Ele destacou que � preciso agir com solidariedade e trabalhar para que se estabele�a o di�logo e se supere o clima de guerra. A crise migrat�ria e o papel dos brasileiros na recep��o desses povos tamb�m s�o temas abordados nesta edi��o do Grito dos Exclu�dos, que completa 21 anos.

A irm� Margareth Silva, coordenadora do Centro Refer�ncia e Acolhida para Imigrantes, participa do ato os todos anos e refor�a a necessidade de se construir um ambiente de solidariedade para acolhida de estrangeiros e para combater a xenofobia. “S�o pessoas exclu�das do mundo, que j� n�o tem uma p�tria, paz, que s�o perseguidos religiosos, que n�o tem sequer uma l�ngua, porque v�o ter que adaptar a uma nova realidade”, disse. O centro � um equipamento da prefeitura de S�o Paulo, administrado Servi�o Franciscano de Solidariedade (Sefras). Segundo Margareth, com um ano de funcionamento, pessoas de 35 nacionalidades passaram pelo centro – haitianos e s�rios, na maioria.

Ana Caroline Garcia, da Rede Ecum�nica de Juventude, participou do ato para refor�ar a necessidade de pol�tica para os jovens e de a��es de combate ao genoc�dio da juventude negra. “Faltam locais de lazer, educa��o de qualidade, pol�ticas de participa��o”, afirmou. Em defesa da pauta dos trabalhadores, Edson Carneiro, conhecido como �ndio, da Intersindical, destacou que as categorias precisam estar nas ruas, especialmente neste 7 de Setembro. “Na nossa opini�o, n�o h� independ�ncia pol�tica sem independ�ncia financeira. Vivemos em um pa�s com muitas amarras com o sistema financeiro”, destacou.

Com Ag�ncia Brasil 


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