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Estado de Minas

Planalto mapeia votos para barrar impeachment


postado em 15/09/2015 10:07 / atualizado em 15/09/2015 10:44

O governo passou os �ltimos dias contando os votos que tem no Congresso para barrar a tramita��o de um poss�vel processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A maior preocupa��o do Pal�cio do Planalto, agora, � com a deteriora��o do relacionamento com o vice-presidente Michel Temer, que comanda o PMDB, e com a bancada do partido.

Dilma conversou mais de uma vez por telefone, na segunda-feira, 14, com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. � noite, ela reuniu para um jantar 19 governadores da base aliada, no Pal�cio da Alvorada. Embora o encontro tenha sido para pedir apoio �s medidas de austeridade fiscal, com corte de R$ 26 bilh�es, congelamento de sal�rios do funcionalismo e reedi��o da CPMF, o governo tentou vender ali a imagem de que est� reagindo � crise. Ficou claro, ainda, que Dilma espera o respaldo dos governadores contra a tentativa de derrub�-la.

Na linha de frente do monitoramento dos aliados, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o assessor especial da Presid�ncia, Giles Azevedo, t�m mantido conversas reservadas com deputados, senadores, empres�rios, governadores e tamb�m com advogados. Ainda ontem, antes do an�ncio da nova tesourada no Or�amento, Mercadante fez outro mapeamento dos votos com os quais o governo pode contar na C�mara e no Senado. A situa��o mais dram�tica � na C�mara, onde o Planalto tem perto de 200 dos 513 votos, muito pouco diante do que precisa para frear eventual pedido de afastamento de Dilma.

No diagn�stico do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e da c�pula do PT, Dilma perdeu sua base social ao endurecer o ajuste fiscal e corre o risco de ter o mandato abreviado.

O roteiro discutido por deputados de oposi��o do PSDB, DEM, Solidariedade e PPS e por dissidentes da base aliada, entre os quais o PMDB, prev� que o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitar� qualquer pedido de impeachment. A partir da�, por�m, um deputado dever� apresentar recurso ao plen�rio da Casa. A vota��o, neste caso, � por maioria simples. O governo n�o tem, at� agora, nem mesmo esse apoio.

Crise

Para piorar a situa��o, PMDB e PT est�o em p� de guerra e uma rede de intrigas alimenta a crise pol�tica. N�o s�o poucos os petistas que lembram, nos bastidores, que a Opera��o Lava Jato atingir� Temer e a c�pula do PMDB, envolvendo Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, e os senadores Romero Juc� (RR) e Valdir Raupp (RO), al�m de Cunha, que j� foi denunciado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica por corrup��o e lavagem de dinheiro.

O vice est� em Moscou com cinco ministros do PMDB. K�tia Abreu (PMDB), titular da Agricultura, e Jaques Wagner (PT), da Defesa, iriam se juntar � comitiva hoje, mas Dilma pediu que eles ficassem no Brasil. A explica��o oficial foi a de que os dois precisam ajudar o governo a aprovar o pacote do corte de gastos e a reedi��o da CPMF no Congresso. A assessoria de K�tia informou, ainda, que ela torceu o p�. Mas, em conversas reservadas, auxiliares de Dilma admitiram que n�o era conveniente que os ministros mais pr�ximos da presidente integrassem uma viagem "do PMDB".


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