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Estado de Minas

Planalto quer que Congresso protele an�lise de vetos da "pauta-bomba" prevista para hoje

A estrat�gia do governo � tentar impedir a vota��o esvaziando o qu�rum da reuni�o ou at� mesmo atuar para postergar ao m�ximo a reuni�o da C�mara ou do Senado


postado em 22/09/2015 08:31 / atualizado em 22/09/2015 08:49

O Planalto decidiu trabalhar para adiar, mais uma vez, a sess�o de aprecia��o de 32 vetos presidenciais prevista para esta ter�a-feira, no Congresso. A estrat�gia foi definida na reuni�o da coordena��o pol�tica do governo na manh� de ontem com a presen�a da presidente Dilma Rousseff, ministros e l�deres governistas. O receio � de que a derrubada dos vetos possa custar, conforme dados do pr�prio governo, pelo menos R$ 127,8 bilh�es at� 2019.

Na reuni�o, o l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS), sugeriu � presidente que mobilize a base para tentar adiar a sess�o do Congresso. Interlocutores do governo decidiram ent�o deflagrar uma opera��o para impedir que haja qu�rum suficiente para a realiza��o da sess�o conjunta de deputados e senadores. A a��o envolve parlamentares, lideran�as partid�rias e at� os presidentes da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

"N�s dever�amos trabalhar para ter um tempo maior para votar esses vetos no Congresso. A coisa mais cautelosa seria adiar essa reuni�o do Congresso de amanh� (ter�a-feira) para que a gente tenha a� um sucesso", disse Delc�dio. Para o senador, � preciso ter muita cautela porque uma eventual derrubada dos vetos poderia ter impactos na pol�tica e na economia.

Ap�s almo�ar com o vice-presidente Michel Temer, Cunha defendeu que n�o se derrube o veto ao reajuste dos servidores do Judici�rio. O reajuste cria despesa de R$ 25,7 bilh�es at� 2018. "Eu acho que, concretamente, n�o deve se derrubar esse veto. Seria uma atitude de colocar mais gasolina na fogueira. � acender f�sforo no tanque gasolina. N�o sou partid�rio disso." Para ele, a sess�o do Congresso deveria ser adiada.

� tarde, Dilma se reuniu no Pal�cio do Alvorada com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o l�der do PMDB na Casa, Eun�cio Oliveira (CE). Disse a ambos, sobre a vota��o dos vetos, que, uma vez derrubados, "o pa�s fica ingovern�vel do ponto de vista fiscal". No encontro tamb�m lhes pediu para segurar a vota��o. Os peemedebistas sinalizaram a ela que v�o atuar para negociar sa�das para impedir a aprecia��o das propostas. A avalia��o do PMDB � de que h� vetos que tem impacto semelhante ao esfor�o que o governo quer fazer para sair do d�ficit no Or�amento de 2016 de 0,5% do PIB para atingir um super�vit de 0,7%.

Para derrubar qualquer um dos vetos da pauta, s�o necess�rios o voto de pelo menos 257 deputados e 41 senadores conjuntamente. A estrat�gia do governo � tentar impedir a vota��o esvaziando o qu�rum da reuni�o ou at� mesmo atuar para postergar ao m�ximo a reuni�o da C�mara ou do Senado de forma a impedir, regimentalmente, a realiza��o da sess�o do Congresso.

L�deres


� noite, na sa�da da reuni�o com o ministro das Comunica��es, Ricardo Berzoini, novo articulador do governo, l�deres da base aliada foram un�nimes em defender a necessidade da manuten��o dos vetos. "Ningu�m quer tocar fogo na economia brasileira. Em condi��es normais n�o poder�amos derrubar, ainda mais na situa��o atual", disse o l�der do PT na C�mara, Jos� Guimar�es (CE), que destacou o esfor�o de Dilma na busca pelo di�logo com as lideran�as.

Para o l�der do PSC, deputado Silvio Costa (PE), os vetos t�m de ser mantidos porque "n�o podemos correr o risco de ver o Pa�s quebrar". Para ele, se houver qu�rum hoje, "a gente corre o risco de come�ar a ter uma esp�cie de Gr�cia no Brasil e n�o podemos deixar que isso aconte�a".

O l�der do PSD, Rog�rio Rosso (DF), por sua vez, classificou a vota��o dos vetos, se ela ocorrer hoje, como "a mais dif�cil dos �ltimos tempos" e prometeu trabalhar para que ela seja adiada, para que n�o haja riscos. (Colaborou T�nia Monteiro)


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