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Estado de Minas

Alvo da Lava-Jato pede exonera��o de autarquia do governo federal

Vitor Pereira Delphim � suspeito de ter recebido R$ 1,3 milh�o de empresa controlada por lobista do PMDB


postado em 22/09/2015 15:07 / atualizado em 22/09/2015 15:26

Curitiba e S�o Paulo, 22 - Um dos investigados da Opera��o Lava-Jato, o assessor da c�pula do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) Vitor Pereira Delphim pediu exonera��o do cargo nesta ter�a-feira. A autarquia federal � vinculada ao Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior. Ontem, a Pol�cia Federal (PF) vasculhou a casa do assessor no Rio de Janeiro, na 19ª fase da Lava-Jato, denominada Nessun Dorma (Ningu�m Durma). Vitor Delphim foi conduzido coercitivamente para depor � Pol�cia Federal.


Delphim entrou na mira da 'Ningu�m Durma' porque a Procuradoria da Rep�blica apurou que, em 2011, a Trend Empreendimentos - empresa controlada pelo lobista do PMDB na Diretoria Internacional da Petrobras, Jo�o Augusto Henriques, preso pela Pol�cia Federal - repassou a ele R$ 1.392.160,14. Segundo a for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal, Delphim apareceu como 'benefici�rio da distribui��o de lucros' da Trend Empreendimentos.

Segundo a Procuradoria da Rep�blica, a Trend Empreendimentos teria recebido R$ 20,2 milh�es de empresas do cartel que fatiava obras na Petrobras, pagando propinas a agentes p�blicos, partidos e pol�ticos. Nos autos da Opera��o 'Ningu�m Durma', o juiz federal S�rgio Moro expediu mandado de busca e apreens�o na resid�ncia do agora ex-assessor do Inpi.

A Procuradoria suspeita do volume financeiro na conta do assessor do Inpi. "O douto delegado de pol�cia sustentou que n�o h� raz�o aparente para esta distribui��o de lucros, mormente considerando o baixo patrim�nio declarado por Vitor Pereira Delphim de R$ 81 mil, e a falta de liga��o formal com Jo�o Augusto Rezende Henriques e a Trend Empreendimentos. Ressalta tamb�m, que Vitor Pereira Delphim visitou a Petrobr�s por in�meras vezes e que possu�a liga��o com a pol�tica", afirma a for�a-tarefa.

O consultor foi assessor Legislativo e Plen�rio da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, entre fevereiro de 2009 e mar�o de 2010, chefe de Gabinete do deputado estadual Ademir Melo, entre abril de 2010 e dezembro de 2010, s�cio da Delpha Consultoria, desde novembro de 2010 at� julho de 2015.

A Procuradoria aponta que a Delpha � uma sociedade que aparece como respons�vel pelo assessoramento de empresas estrangeiras interessadas em se cadastrar na Petrobras. "Al�m de todas as evid�ncias supracitadas, constata-se que a maior parte das visitas de Vitor Pereira Delphim a Petrobras ocorreram nos 18º e 28º andares do pr�dio do centro, local onde funcionavam as diretorias da estatal", destaca a for�a-tarefa.

Vitor Pereira Delphim foi nomeado assessor da presid�ncia do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) em 20 de julho. A nomea��o de Delphim foi publicada no Di�rio Oficial no dia 22 de julho. Ele n�o � funcion�rio de carreira, ocupava cargo comissionado n�vel DAS 4.

O Inpi � presidido por Luiz Ot�vio Pimentel, nomeado pela presidente Dilma - ato de nomea��o de Pimentel foi publicado em 28 de julho de 2015. Nos registros da PF consta que Delphim � 'consultor' da presid�ncia do Inpi. A assessoria de imprensa do Instituto informou que n�o existe o cargo de consultor, mas de assessor da presid�ncia.

De acordo com o setor de Comunica��o Social do Inpi, Vitor Pereira Delphim foi nomeado para exercer o cargo de 'assessor' da autarquia, conforme Portaria n° 230/2015 publicada no Di�rio Oficial n° 138, de 22/07/2015. "Esclarecemos que at� a data de ontem, n�o havia nenhum antecedente que desabonasse a conduta do assessor. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial n�o tem conhecimento oficial dos fatos que levaram a investiga��o do Sr. Vitor Delphim pela Policia Federal. Informamos que o referido assessor foi exonerado a pedido nesta data, conforme Portaria n° 299/15."

Segundo o PV, Vitor Delphim n�o faz parte do quadro do partido, ao contr�rio do que vem sendo divulgado nas not�cias relacionadas � Opera��o Lav- Jato. "Vitor, que foi apontado no esquema de pagamento de propina e lavagem de dinheiro em contratos de empreiteiras com a Petrobras, desfiliou-se do PV no in�cio do presente m�s, como tornou p�blico nas redes sociais, por discordar das ideias da legenda e pelo partido tamb�m discordar das ideias dele", diz a sigla em nota. "O Partido Verde esclarece ainda que nunca fez parte de qualquer esquema ligado � Opera��o Lava-Jato ou qualquer outro esquema de corrup��o."


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