
Depois que o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez press�o para que o Congresso avaliasse a permiss�o de financiamento privado de campanhas eleitorais, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou um recado ao colega. "N�o temos nenhuma d�vida de que temos que colocar o interesse nacional acima de qualquer quest�o. A pol�tica pode tudo, mas ela n�o pode sinalizar que est� cuidando apenas dos seus caprichos", afirmou.
Cunha havia condicionado a vota��o de vetos presidenciais em sess�o do Congresso nesta quarta-feira � exig�ncia de que tamb�m fosse analisado o veto publicado ontem que impediu o financiamento privado de campanhas. A decis�o da presidente se baseou em decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou esse tipo de doa��o inconstitucional.
Com discord�ncia sobre o prazo para essa an�lise, Renan n�o aceitou colocar o item para vota��o. "A condi��o era que apreci�ssemos o veto que foi aposto ontem. Isso na pr�tica seria uma temeridade porque pareceria confronta��o de poderes. N�o � uma boa sinaliza��o para a democracia", disse.
Cunha amea�a estender as sess�es da C�mara, que funcionam no mesmo plen�rio onde devem ser analisados os vetos, at� que a sess�o do Congresso seja inviabilizada nesta quarta-feira. A tentativa do peemedebista � que propostas com esse tema sejam votadas at� outubro, antes do prazo de um ano para que possam valer nas elei��es municipais de 2016. "N�o h�, evidentemente, uma disputa pol�tica, de poder. � um problema espacial", afirmou Renan. Ele destacou que a aprecia��o dos vetos da chamada 'pauta-bomba' � uma sinaliza��o importante.
Sobre a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que define a possibilidade de financiamento privado de campanhas, Renan afirmou que a vota��o s� ser� viabilizada se houver acordo para que sejam dispensados prazos das vota��es. A proposta � defendida por Eduardo Cunha.