Em raz�o da perman�ncia do impasse com o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta quarta-feira (30/9) o adiamento da sess�o do Congresso Nacional em que estava prevista a discuss�o de vetos presidenciais � chamada "pauta-bomba".
"N�o h� acordo. N�o h� como vincular a realiza��o de uma sess�o do Congresso � aprecia��o de um veto que at� ontem n�o havia sido aposto. Vamos convocar a pr�xima sess�o para priorizar o todo e n�o a parte, n�o o capricho. Vamos marcar nova sess�o do Congresso Nacional para ter�a-feira, �s 11h30", afirmou Renan ap�s reuni�o de l�deres do Senado, encerrada nesta tarde. "N�o realizamos a sess�o hoje porque a C�mara realizou sess�es seguidas para o mesmo hor�rio. Isso � in�dito, mas aconteceu".
A iniciativa de Cunha foi interpretada por parte das lideran�as partid�rias do Senado como uma "chantagem" que n�o poderia ser atendida.
Na reuni�o de l�deres, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) foi um dos mais exaltados e cr�ticos � postura do presidente da C�mara. Segundo relatos, Barbalho chegou a chamar o deputado de "ladr�o" e "bandido" na presen�a dos demais l�deres. A revolta com Cunha tamb�m contagiou integrantes da oposi��o do Senado.
"N�o tem condicionante. N�o se faz pol�tica na base da amea�a. Do toma l� da c�. O senado n�o se curvaria a nenhum tipo de exig�ncia que possa ser feito nesta ordem. Ent�o, aquilo que foi reivindicado pelo presidente da C�mara n�o pode ser atendido. E ele Eduardo Cunha resolveu numa atitude que pode ser repreendida, ocupar fisicamente o plen�rio com a sess�o da C�mara", afirmou o l�der do PSDB, senador C�ssio Cunha Lima (PB)
Na reuni�o de l�deres tamb�m n�o houve acordo para se votar ainda nesta semana a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que, entre outros pontos, restabelece o financiamento privado de campanha. A proposta dever� tramitar num calend�rio que ainda ser� definido em futura reuni�es entre os l�deres partid�rios.