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Estado de Minas

Delegada critica fatiamento da investiga��o da Lava-Jato


postado em 12/10/2015 08:50 / atualizado em 12/10/2015 08:51

Bras�lia – Uma das principais integrantes da Opera��o Lava-Jato, a delegada da Pol�cia Federal �rika Mialik Marena, engrossa o coro de investigadores que considera um erro a decis�o de fatiar a apura��o, tomada h� uma semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ela afirma que a “organiza��o criminosa” n�o tinha objetivo de simplesmente desviar dinheiro da Petrobras, a maior estatal do pa�s, mas de “comprar apoio pol�tico-partid�rio” e levar a “vantagem econ�mica pessoal para aqueles do topo da cadeia”.

Na semana passada, a maioria dos ministros do Supremo seguiu a tese de Teori Zavascki e Dias Toffoli, para quem o caso envolvendo a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), a empresa Consist e o Minist�rio do Planejamento � um ‘bra�o’ da maior investiga��o de corrup��o do pa�s, mas n�o tem a ver com seu centro, os desvios na petroleira. Eles determinaram a remessa do caso envolvendo a senadora para Toffoli e, em rela��o aos demais investigados, para uma Vara Federal em S�o Paulo – saindo das m�os do juiz S�rgio Moro, de Curitiba. Para juristas, ministros e investigadores como a pr�pria �rika, a decis�o � um caminho para fatiar toda a Lava-Jato e os casos conexos descobertos pela PF e pelo Minist�rio P�blico.

A delegada discordou da decis�o do STF. “Creio que dividir a opera��o � um erro pois se trata do mesmo grupo criminoso, organizado para comprar apoio pol�tico-partid�rio, tendo usado n�o apenas contratos da Petrobras , mas de outros �rg�os”, disse ela.

A medida vai trazer dois problemas. O principal � a compreens�o do todo. “A divis�o poderia impedir que provas colhidas num caso sejam analisadas a luz de todo o conjunto investigado”, disse �rika. “O fatiamento � equivocado porque investigamos um mesmo grupo criminoso, no qual h� v�rios personagens, operadores diversos agindo em �rg�os federais diversos, mas sendo a vantagem il�cita sempre canalizada para o mesmo fim, o apoio pol�tico-partid�rio e a vantagem econ�mica pessoal para aqueles do topo da cadeia.”

O segundo problema � a facilidade da investiga��o, pois j� existe um grupo de investigadores montado especialmente para isso na Pol�cia Federal e no Minist�rio P�blico, afirmou. Al�m disso, a delegada destaca que o juiz S�rgio Moro, da 13ª Vara de Curitiba, foi designado pelo Tribunal Regional Federal para julgar o caso exclusivamente. Isso n�o vai acontecer em outros estados. “Leva ao risco de o caso se tornar mais um nos escaninhos abarrotados da Justi�a.”


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