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Estado de Minas

Governo v� 'vit�ria' como oportunidade para tr�gua


postado em 14/10/2015 09:01 / atualizado em 14/10/2015 09:26

Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff acredita que venceu nessa ter�a-feira, 13, a mais importante batalha contra o impeachment e vai tentar, agora, sair da agenda negativa e recompor a base aliada no Congresso, para votar medidas do pacote fiscal at� dezembro. Apesar das dificuldades, a meta � mostrar que o governo n�o est� paralisado pela crise pol�tica.

Ap�s sofrer uma derrota, com duas liminares do Supremo Tribunal Federal suspendendo o rito diferenciado para a abertura do processo de impeachment, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu sinais de que pode aceitar a tr�gua com o Pal�cio do Planalto.

Ao ser questionado por l�deres da base aliada, na tarde de ter�a, como ser� poss�vel reconstruir um ambiente de estabilidade na C�mara, Cunha disse que admite conversar com o governo.

Dilma estava na reuni�o de coordena��o pol�tica, com 11 ministros, quando soube das duas primeiras liminares do Supremo. De acordo com relatos de participantes do encontro, ela comemorou a decis�o. "Vencemos o golpismo. Agora, temos muito trabalho pela frente", disse a presidente, no Planalto. "Foi um momento de Copa do Mundo, esquecendo o 7 a 1 para a Alemanha", comparou um de seus auxiliares.

Reuni�es


Preocupado o agravamento da crise, o titular da Casa Civil, Jaques Wagner, reuniu-se na noite de segunda-feira, 12, com Cunha, na Base A�rea de Bras�lia. Em menos de uma semana, os dois se encontraram duas vezes e conversaram outras tr�s por telefone.

Sob a acusa��o de manter contas secretas na Su��a, abastecidas com dinheiro desviado da Petrobras, Cunha tem certeza de que o governo - com quem rompeu rela��es em julho - est� por tr�s de seu calv�rio.

Wagner disse a ele que o Planalto n�o tinha influ�ncia nas investiga��es da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, nem no Minist�rio P�blico ou no Supremo e insistiu no di�logo. Afirmou, ainda, que as portas estavam "abertas".

Por volta de 16 horas, os l�deres Jos� Guimar�es (do governo na C�mara), Leonardo Picciani (da bancada do PMDB) e Rog�rio Rosso (do PSD) tiveram uma conversa reservada com Cunha. Embora 32 dos 62 deputados do PT tenham assinado requerimento encabe�ado pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade, pedindo a cassa��o do seu mandato no Conselho de �tica, o deputado admitiu uma aproxima��o com o governo.

Na avalia��o do Planalto, Cunha est� agora com as m�os atadas, mas, mesmo fragilizado, ainda pode causar muito estrago. Um ministro disse � reportagem que o governo n�o tem como segurar a dif�cil situa��o do peemedebista, mas, ao mesmo tempo, "tamb�m n�o pode dinamitar as pontes com o presidente da C�mara". Al�m de Wagner, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o vice Michel Temer e o ministro da Secretaria de Comunica��o Social, Edinho Silva, tamb�m estiveram com Cunha, recentemente.

"N�s queremos dialogar com a base e com a oposi��o. O que n�s queremos � criar um ambiente de paz pol�tica, de estabilidade, para que diverg�ncias n�o paralisem o Pa�s", afirmou Edinho. "O impeachment � uma quest�o jur�dica. O Brasil n�o pode resolver suas quest�es pol�ticas com ruptura institucional."

O governo avalia que, ap�s a derrubada do "manual do impeachment" - como era chamado no Planalto o rito de tramita��o sugerido por Cunha -, ficou muito complicado para a oposi��o encontrar argumentos para embasar pedidos de afastamento de Dilma.

O PSDB anunciou que apresentar� novo requerimento, incluindo as manobras cont�beis do Executivo neste ano, conhecidas como "pedaladas fiscais". Se Cunha aceitar esse novo pedido, no entanto, o governo recorrer� novamente ao Supremo. Advogados acreditam que ela vencer� com facilidade porque as "pedaladas" de 2015 n�o foram julgadas pelo Tribunal de Contas da Uni�o, que reprovou o balan�o do ano passado.


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