
O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso Jos� Riva (PSD), conhecido como maior ficha suja do Pa�s, foi preso na ter�a-feira na segunda fase da Opera��o Met�stase, denominada 'C�lula M�e'. Esta foi a terceira pris�o de Riva em 2015. Ele � r�u em mais de uma centena de a��es criminais e c�veis. Em junho, a Justi�a determinou o sequestro de 110 im�veis (urbanos e rurais), 31 ve�culos e uma aeronave do ex-deputado.
A nova etapa da Met�stase foi deflagrada pelo Grupo de Atua��o Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), composto por promotores de Justi�a. Integram a miss�o delegados de pol�cia, policiais militares e civis. A ju�za da S�tima Vara Criminal de Cuiab�, Selma Rosane de Arruda, decretou tamb�m a pris�o preventiva de outros servidores da Assembleia Legislativa que eram ligados � presid�ncia na gest�o de Riva: Geraldo Lauro, Maria Helena Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral do Legislativo, Manoel Marques.
De acordo com o Gaeco, 'C�lula M�e' � resultado de investiga��es complementares sobre supostos crimes cometidos no gabinete do ex-presidente da Assembleia, relacionados � gest�o de recursos p�blicos denominados 'verba de suprimentos'. O Minist�rio P�blico de Mato Grosso indica que o dinheiro desviado servia para o pagamento de despesas pessoais do ex-deputado, como o combust�vel de sua aeronave particular e pagamento de honor�rios de advogados.
Os investigadores apontam que Jos� Riva teria usado parte do montante para o pagamento de um 'mensalinho' para pol�ticos e lideran�as do interior do Estado. A distribui��o de 'mimos', como u�sque, pagamento de festas de formatura, jantares e massagistas tamb�m fariam parte da lista.
Em 23 de junho, os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) soltaram Jos� Riva, que estava preso desde fevereiro deste ano. Em 1 de julho, o ministro Gilmar Mendes, do STF, concedeu decis�o liminar (provis�ria) para soltar o ex-deputado, que havia sido detido pela segunda vez no mesmo dia, com base em decreto da 7ª Vara Criminal de Cuiab� (MT).
Os promotores do Gaeco afirmam que as pris�es foram decretadas com base na garantia da ordem p�blica e conveni�ncia da institui��o criminal. "Salienta-se que todos os servidores ouvidos pelo Gaeco na primeira fase da Opera��o Met�stase (com exce��o dos l�deres da organiza��o) afirmaram a exist�ncia de um estratagema criminoso arquitetado pelos l�deres visando dificultar a descoberta da verdade, com a consequente blindagem do n�cleo criminoso. Outras frentes est�o sendo abertas e novas fases n�o est�o descartadas", diz nota do Minist�rio P�blico de Mato Grosso.
Em junho, a Justi�a de Mato Grosso determinou o sequestro de 110 im�veis (urbanos e rurais), 31 ve�culos e uma aeronave de propriedade do ex-deputado.