
INDEFERIDO Os argumentos de Cunha, no entanto, n�o conseguiram convencer o juiz, que decidiu pela continuidade do processo no �ltimo dia 7. “Nenhum brasileiro est� imune � fiscaliza��o/autua��o da Receita Federal. Noutras palavras, ningu�m est� acima da lei, por mais alto que seja o cargo que ocupe na Rep�blica. Isso decorro do Estado Democr�tico de Direito e do princ�pio da igualdade. Encontra-se sob o imp�rio das leis da Rep�blica tanto o mais simples (e �s vezes menosprezado e marginalizado) indiv�duo como aqueles que ocupam cargos elevados na Rep�blica”, afirmou Pereira Pimenta.
E o magistrado aproveitou tamb�m para apresentar ao presidente da C�mara dos Deputados, um poss�vel caminho de atua��o. “Talvez o procedimento fiscal, ao qual est� sendo submetido o impetrante, deva ser encarado sob outro �ngulo: como oportunidade e espa�o do exerc�cio da ampla defesa e do contradit�rio para comprovar sua retid�o fiscal e afastar, de vez, se for o caso, as graves suspeitas que lhe pesam sobre os ombros. Sendo certo que quem n�o deve nada teme. Como bem diz o nosso hino nacional “ver�s que um filho n�o teu n�o foge � luta, pois quem � verdadeiro � livre”, ensinou o juiz em sua senten�a. N�o esqueceu tamb�m de citar um trecho b�blico: “A quem muito � dado, muito ser� exigido e a quem muito foi confiado, muito mais ser� pedido”. Cunha, desde as primeiras acusa��es, se diz v�tima de persegui��o pol�tica e chegou a romper com o governo Dilma Rousseff, a quem atribui o vazamento de informa��es da Opera��o Lava-Jato.
LIGA��ES As rela��es de Cunha com a c�pula do PMDB de Minas e neg�cios suspeitos n�o s�o de hoje. Em 2009, depois da morte do deputado federal Fernando Diniz, ent�o presidente do partido, grava��es revelaram que os dois peemedebistas eram suspeitos de receber propina em troca de apoio pol�tico a Jos� Roberto Arruda para o governo do Distrito Federal. A partir da Opera��o Lava-Jato, revelou-se que o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada – apontado como um representante do PMDB na estatal – foi indicado por Diniz. E mais. O filho dele, Felipe Diniz, aparece como um dos benefici�rios de recursos desviados, ao lado de Cunha, em raz�o de contrato fechado pela petrol�fera em Benin, na �frica.