
A avalia��o nos bastidores da C�mara � a de que Cunha deve segurar sua decis�o sobre a abertura do processo de impedimento contra a petista quando se sentir acuado pelo andamento dos trabalhos do colegiado, caso a negocia��o de apoio que vem sendo feita com o governo n�o surta o efeito desejado pelo peemedebista.
Na quarta-feira, 14, o presidente do colegiado, Jos� Carlos Ara�jo (PSD-BA), afirmou que a vota��o do relat�rio deve acontecer at� o final deste ano e que n�o haver� privil�gios. "Cunha � presidente da C�mara e o presidente do Conselho sou eu. Em hip�tese alguma haver� privil�gio. Processo ser� pautado por seguran�a, lealdade e justi�a".
Segundo Ara�jo, a ideia � que o processo acabe neste ano. "Acho que est� mais propenso a acabar este ano. Porque � um processo que a sociedade reclama, n�s todos queremos (a apura��o) e o Conselho de �tica n�o quer ficar com esse problema na m�o."
Regimentalmente, o Conselho de �tica tem at� 90 dias para concluir o processo, mas Ara�jo quer encerrar os trabalhos ainda neste ano. Pelo cronograma do deputado, a primeira reuni�o acontece em menos de duas semanas. Nela ser�o sorteados tr�s integrantes do Conselho, entre os quais o presidente do colegiado escolher� o relator do processo.
De fora
O parlamentar destacou que devem ficar de fora do sorteio pelo menos tr�s deputados, que s�o do PMDB ou do Rio de Janeiro, mesmos partido e Estado de Cunha. Ara�jo tamb�m pediu que o deputado J�lio Delgado (PSB-MG) tamb�m n�o participe do sorteio por ter disputado a presid�ncia da C�mara.
O processo contra Cunha ser� o primeiro trabalho da atual forma��o do Conselho de �tica. O colegiado tem 21 titulares e � comandado por Jos� Carlos Ara�jo, que venceu Arnaldo Faria de S� (PTB-SP).
O grupo do qual faz parte o PMDB tem nove representantes. O bloco do PSDB, quatro. J� o bloco do governo tem sete, sendo tr�s do PT. O presidente nacional do partido, Rui Falc�o, � quem vai ditar o comportamento a ser seguido pelos petistas.
Opositores fazem pouco caso do apoio negociado pelo PT. "O PT falar que vai dar isso, vai dar aquilo, n�o significa nada. Se o PT tivesse controle sobre sua bancada, ningu�m teria assinado o requerimento", disse o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva (SP).