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Estado de Minas

Para Gabrielli, desvios na Petrobras foram 'pequenos'


postado em 21/10/2015 08:07 / atualizado em 21/10/2015 08:43

Gabrielli classificou a CPI da Petrobras como
Gabrielli classificou a CPI da Petrobras como "um espet�culo" (foto: Luiz Cruvinel/Ag�ncia Camara)
Rio - Ex-presidente da Petrobras, citado em investiga��es sobre desvios na estatal, Jos� S�rgio Gabrielli afirmou nessa ter�a-feira. 20, que os recursos relacionados a corrup��o s�o "muito pequenos" diante do tamanho da companhia.

Em entrevista a blogs e sindicalistas, o executivo classificou a CPI da Petrobras como um "espet�culo onde a pergunta � mais importante que a resposta" e afirmou que a Opera��o Lava Jato provoca um "pequeno problema de reputa��o" para a empresa. Para Gabrielli, a paralisia na empresa, em fun��o da queda na cota��o internacional de petr�leo, "pode ser a diferen�a entre (o PIB) crescer e n�o crescer".

"Quando voc� olha os casos confessados pelos corruptos, os n�meros s�o muito pequenos em rela��o � Petrobras. Temos um gerente executivo confesso, um diretor corrupto confesso, dois outros que negam as acusa��es. S�o quatro ou cinco pessoas de alto n�vel da companhia em uma estrutura altamente complexa. S�o 55 mil contratos geridos por 3 mil gerentes coordenadores de despesas, com diferentes n�veis de al�ada. Projetos que chegam � diretoria acima de US$ 25 milh�es - abaixo, nem chega", afirmou Gabrielli.

Na entrevista veiculada ontem pela internet, o executivo comparou a empresa a "botequim ou um armaz�m" onde "mesmo com o dono sentado no balc�o" existem perdas n�o reconhecidas de 3% sobre o faturamento.

"Os procedimentos internos da companhia foram seguidos, e o processo de corrup��o ocorreu na rela��o deles (ex-funcion�rios) com fornecedores externos. Era imposs�vel que a estrutura normal da companhia percebesse esses problemas. Na vida real, era quase imposs�vel saber", ponderou.

A entrevista foi concedida aos jornalistas Altamiro Borges, Paulo Salvador e Eduardo Guimar�es, no programa Contraponto, do Sindicato dos Banc�rios, ligado � Central �nica dos Trabalhadores (CUT). Sem ser citado no relat�rio final da CPI da Petrobras, na C�mara, Gabrielli avaliou que a comiss�o n�o investigou com detalhes os contratos da estatal e se tornou um "espet�culo onde a pergunta � mais importante que a resposta".

O ex-presidente da Petrobras tamb�m avaliou que a Opera��o Lava Jato causa um "pequeno problema de reputa��o" � estatal. "Pequeno � uma condescend�ncia", retificou Gabrielli. "Lava Jato cria um grande problema reputacional que, associado a problema financeiro de curto prazo, cria problema de imagem de curto prazo. Mas n�o se pode destruir o valor de longo prazo e o potencial extraordin�rio para a companhia e para o Brasil".

Sobre a refinaria de Pasadena, Gabrielli voltou a defender a compra da mesma, considerada um "excelente neg�cio" em 2006, ano de sua pol�mica aquisi��o. Para o ex-presidente, a refinaria tem "situa��o favor�vel e margens razo�veis" devido � localiza��o e enfrenta ciclos t�picos de uma refinaria. A compra � investigada pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), que apontou um preju�zo de mais de US$ 700 milh�es com a compra.


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