Bras�lia - Senadores do PMDB bateram boca no gabinete da Presid�ncia do Senado ao divergirem sobre o tr�mite do processo de rejei��o das contas da presidente Dilma Rousseff do exerc�cio de 2014. A presidente da Comiss�o Mista de Or�amento (CMO), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), foi a piv� da briga ocorrida na ter�a-feira, 20. Ela queria que Renan n�o concedesse prazo de 45 dias para Dilma fazer sua defesa na Mesa Diretora da Casa.
Rose planeja disputar a sucess�o de Renan em 2017. Nesse sentido, seria estrat�gico ter o controle sobre o destino das contas do governo federal, j� que, em tese, a rejei��o embasaria um pedido de impeachment de Dilma por crime de responsabilidade.
Colegas de PMDB no Senado, Jader Barbalho (PA) e Eun�cio de Oliveira (CE) - o atual l�der - resolveram atrapalhar os planos da presidente da Comiss�o de Or�amento e bateram o p� dizendo que Renan deveria dar um prazo para Dilma se defender na Mesa.
Rose irritou-se e apelou: "Voc�, Renan, conta com essas figuras, mas eu � que sou sua aliada". Ex-presidente do Senado, Jader n�o gostou da fala da colega e esbravejou: "Isso aqui (o Senado) n�o � creche, n�o � jardim de inf�ncia." Rose deixou o gabinete de Renan aos prantos.
Ainda na ter�a-feira, Renan preferiu n�o decidir sobre o assunto por completo e somente leu em plen�rio o recebimento do parecer do TCU sem definir um prazo de defesa na Mesa.
Depois, foi a vez do l�der do governo do Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS), ir ao gabinete de Renan pedir que ele concedesse o prazo de 45 dias. "A Rose acha que o governo tem voto na comiss�o para aprovar as contas, mas n�o temos", afirmou Delc�dio ao presidente do Senado
Na manh� de quarta-feira (21), Renan mandou preparar um despacho concedendo 45 dias para Dilma se explicar sobre as pedaladas � Mesa Diretora do Congresso. O relator do processo ser� Acir Gurgacz (RO), l�der do PDT no Senado. Para a alegria dos governistas, j� declarou n�o ver rela��o entre o impeachment e a rejei��o das contas.
Neste segundo semestre, Renan demonstra-se mais afinado com Dilma. Por causa disso, t�m sido recorrentes seus desentendimentos com o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
No caso das contas, contudo, Renan tem dito que precisa conceder todos os prazos legais � presidente Dilma a fim de que o Planalto n�o fa�a depois questionamentos do Supremo Tribunal Federal, resultando numa eventual nulidade do processo.