
O l�der do DEM na C�mara, deputado Mendon�a Filho (PE), afirmou nesta segunda-feira que a oposi��o n�o vai facilitar a vida do governo da presidente Dilma Rousseff em rela��o � abertura de processo de impeachment nem "blindar" o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respons�vel por aceitar ou n�o o pedido de afastamento da presidente e alvo da Opera��o Lava Jato. "Acreditamos que at� o dia 15 de novembro teremos a conclus�o dessa aprecia��o do pedido de impeachment", disse o deputado.
Mendon�a Filho defende os argumentos pol�ticos e jur�dicos reunidos em novo pedido de impeachment capitaneado pela oposi��o, assinado pelos juristas H�lio Bicudo e Miguel Reali J�nior e pela advogada Jana�na Paschoal. "O pedido envolve provas concretas, da rejei��o das contas de Dilma de 2014 (pelo Tribunal de Contas da Uni�o), que ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Al�m disso, houve outras irregularidades neste ano, como a suplementa��o or�ament�ria", afirmou. S� os montantes envolvidos na reprova��o das contas pelo TCU envolve R$ 106 bilh�es em irregularidades, dos quais R$ 40 bilh�es se referem �s pedaladas fiscais, segundo o l�der do DEM.
Indagado sobre a autoridade que o presidente da C�mara teria para tocar este processo, caso acate o pedido de impeachment, em raz�o das den�ncias que pesam contra ele, Mendon�a Filho disse que sempre haver� essa discuss�o pol�tica, tanto com rela��o a Cunha quanto com rela��o a Dilma. "A Dilma teve as contas rejeitadas, mas os atos dela (como presidente da Rep�blica) tem validade jur�dica, Cunha � presidente da C�mara e seus atos t�m respaldo constitucional", comparou.
Sobre o relacionamento com Cunha, o l�der do DEM garantiu que "n�o haver� blindagem por parte da oposi��o" com rela��o �s den�ncias que pesam contra o peemedebista. E com rela��o ao pedido de impeachment de Dilma, disse que "nunca na hist�ria deste Pa�s, houve um ambiente t�o f�rtil para o afastamento da petista". E frisou: "Na �tica da oposi��o, a verdade tem que prevalecer, doa a quem doer".
O deputado disse ainda que a crise pol�tica precisa ser debelada urgentemente, porque tem acirrado ainda mais a crise econ�mica que o Pa�s atravessa, com "reflexos dram�ticos" nos �ndices inflacion�rios, no aprofundamento da recess�o e no aumento do desemprego. "Precisamos resolver a pol�tica pra arrumar a economia."
Para Mendon�a Filho, a atual crise n�o foi gerada pela oposi��o, mas pela "incapacidade da gest�o petista em apresentar uma agenda positiva para o Pa�s". E garantiu que a oposi��o votar� contra qualquer tentativa de aumento de impostos e da carga tribut�ria, numa refer�ncia � tentativa do governo recriar a CPMF. "N�o h� mais espa�o para a sociedade pagar a conta de uma crise que n�o foi gerada pela oposi��o, mas sim pelo governo", emendou.