Bras�lia, 28 - O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, classificou nesta quarta-feira, como uma "arbitrariedade" a opera��o de busca e apreens�o na empresa do filho do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva no �mbito da Opera��o Zelotes. Ele lembrou que, apesar de grandes empresas estarem sendo investigadas, um dos poucos alvos foi a companhia do filho do petista.
"Tem um monte de tubar�o e voc� vai correr atr�s de um peixinho", afirmou em entrevista coletiva na sede nacional do PT, na capital federal, ap�s reuni�o da Executiva Nacional do partido. Ele afirmou que nesta quinta-feira, no encontro do Diret�rio Nacional do PT, dever� haver manifesta��es em defesa de Lula, mas n�o haver� um agravo formal, pois Lula "n�o est� agravado".
"Vamos mencionar a agress�o", afirmou Falc�o. De acordo com ele, h� uma campanha da m�dia, da oposi��o e de setores conservadores contra o PT, Lula e a presidente Dilma Rousseff. O petista informou que a presen�a de Dilma no encontro amanh� ainda n�o est� confirmada.
A Opera��o Zelotes realizou busca e apreens�o na empresa LFT Marketing Esportivo, pertencente a seu filho Lu�s Cl�udio. A Pol�cia Federal investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Minist�rio da Fazenda, e, na nova etapa, investiga incentivos fiscais a favor de empresas do setor de autom�veis, como a CAOA e MMC Automotores.
Como revelou o jornal O Estado de S.Paulo no in�cio do m�s, a empresa de Lu�s Cl�udio recebeu pagamentos de Mauro Marcondes, apontado como lobista investigado por supostamente negociar a edi��o e aprova��o da Medida Provis�ria 471 durante o governo Lula. A norma prorrogou incentivos fiscais para o setor automotivo. Luis Cl�udio, que tamb�m � dono da empresa Touchdown, confirma o recebimento de R$ 2,4 milh�es por servi�os prestados.
Impeachment
Rui Falc�o disse tamb�m ter "certeza" que o impeachment da presidente Dilma Rousseff n�o vai se concretizar. Segundo ele, n�o h� embasamento jur�dico para o pedido de afastamento protocolado pela oposi��o, que usa como justificativa a pr�tica das chamadas "pedaladas fiscais" pelo governo Dilma tanto em 2014 quanto em 2015. Segundo ele, o PT n�o se preocupa com o parecer.