
Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff aproveitou a entrega de moradias do Minha Casa Minha Vida nesta quinta-feira, no Distrito Federal, para garantir a continuidade de programas sociais, apesar da situa��o da recess�o em que se encontra a economia brasileira.
"Enfrentamos dificuldade na economia do Pa�s. Estamos passando por um momento de dificuldade: governo federal, governadores, todo mundo", discursou Dilma. "Quando uma fam�lia passa por dificuldade, d� uma apertada no cinto para garantir que os filhos continuem a estudar, por exemplo", afirmou.
Nesta quinta-feira ocorrem cerim�nias simult�neas de inaugura��o de moradias do programa em Bras�lia, Bragan�a Paulista (SP), Sorocaba (SP), Hortol�ndia (SP), Nova Odessa (SP) e Canoas (RS).
Durante a cerim�nia em Bras�lia, a presidente foi vaiada timidamente pelos presentes, na maioria benefici�rios do programa, em pelo menos tr�s momentos. No entanto, as maiores demonstra��es de insatisfa��o foram para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), principalmente quando tentou justificar "medidas duras" que tomou para melhorar as contas p�blicas do Distrito Federal.
Dilma afirmou que governo n�o vai acabar com o programa de habita��o popular nem com o Bolsa Fam�lia. Ela afirmou que not�cias sobre o fim ou a interrup��o desses programas s�o "boatos". "Mas � importante saber que estamos fazendo um grande esfor�o para melhorar nossas finan�as e voltar a crescer mais r�pido", disse.
Dilma citou a redu��o no n�mero de minist�rios, de cargos comissionados e do pr�prio sal�rio como exemplos de como o governo est� "apertando o cinto" para manter programas que s�o "fundamentais para a popula��o do Pa�s".
O corte de R$ 10 bilh�es no Bolsa Fam�lia no ano que vem � defendido pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator do Or�amento de 2016. Ele antecipou ao jornal O Estado de S. Paulo que cortaria "sem d�" o or�amento de R$ 28,8 bilh�es do programa para compensar a frustra��o da arrecada��o da nova CPMF, que n�o passou pelo Congresso.
No MCMV, o pr�prio governo cortou R$ 4,8 bilh�es do programa em 2016 e pediu socorro ao Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS) para compensar a tesourada. O conselho curador do FGTS aprovou nesta semana investimentos de R$ 60,7 bilh�es para o programa, cada vez mais dependente de recursos do fundo.
Uma das benefici�rias do programa, Daiene Xavier, de 31 anos, disse que aguardava h� dez anos a casa pr�pria. Ela vai morar com os dois filhos num apartamento de dois quartos, sala, banheiro, cozinha e �rea de servi�o.
Ela n�o quis responder se votou na presidente Dilma na �ltima elei��o. "Se ela pudesse se candidatar, votaria nela de novo?", perguntou a reportagem. "Vamos mudar de assunto e continuar falando do apartamento?", despistou.
J� Viviane Pereira da Silva comemorou a casa nova e defendeu a presidente Dilma. Ela afirmou que sentiu a alta dos pre�os na conta de luz e no supermercado. "N�o sei de quem � a culpa, mas n�o � dela", disse.