
Na avalia��o do ministro, o sistema atual faz com que sociedade transforme magistrados que pensam fora da curva em her�is. "Mensal�o e Petrol�o criaram her�is, porque foram ju�zes que sa�ram do padr�o", disse. "Se um modelo precisa de her�is � porque as institui��es n�o funcionam”, destacou.
As informa��es foram divulgadas pela Associa��o dos Magistrados Brasileiros (AMB). Barroso falou na abertura do primeiro dia da programa��o cient�fica do XXII Congresso de Magistrados Brasileiros, realizado em Rio Quente (GO) pela AMB, O ministro abordou temas pol�micos como o excesso de processos judiciais e o sistema recursal. Ele criticou o sistema de Justi�a brasileiro e a morosidade do Judici�rio.
"Existe uma judicializa��o que atinge a vida de todos n�s. Estamos vivendo uma epidemia de processos judiciais no Pa�s e diante disso � preciso pensar em algum tipo de rem�dio. S�o mais de 100 milh�es de processos, um em cada dois brasileiros est� em ju�zo”, afirmou.
Durante o painel "O Direito e a transforma��o social", o ministro reconheceu aspectos positivos diante da quantidade de processos que tramitam no Judici�rio brasileiro, mas apontou a falta de estrutura como uma das quest�es mais graves que congestionam os tribunais. "As pessoas tomaram consci�ncia dos seus direitos e passaram a exercer a sua cidadania. Isso � bom. O Judici�rio desfruta de um grau relevante de credibilidade”, declarou. "Por�m, n�o h� estrutura que d� conta desse volume. Temos um sistema que n�o consegue dar vaz�o. O Poder Judici�rio � uma inst�ncia patol�gica da vida. Uma quest�o chega quando teve briga, quando as partes n�o conseguiram se compor amigavelmente. Ningu�m pode achar que o lit�gio seja a forma natural de se viver a vida e de uma democracia fluir com naturalidade”, afirmou.
Barroso tamb�m destacou a necessidade de m�todos alternativos, como a concilia��o, para trazer celeridade � Justi�a. "� preciso criar mecanismos alternativos. Precisamos criar um pa�s que tanto no setor p�blico quanto no setor privado funcione melhor. Vamos ter que fazer o caminho inverso, o caminho da desjudicializa��o. O grande advogado vai ser o sujeito que n�o prop�e uma a��o judicial, mas vai ser aquele que tem a capacidade de negociar e articular para n�o propor uma demanda. Entrar no Judici�rio � procrastinar uma decis�o”, disse.