Em discurso lido pela ministra da Agricultura, K�tia Abreu, no lan�amento de um projeto para dobrar a capacidade de celulose da empresa Fibria em Tr�s Lagoas (MS), nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil n�o est� parado, nem � prisioneiro da agenda de ajustes da economia. "N�o estamos prisioneiros da agenda de ajustes. Temos uma agenda consistente de est�mulo ao desenvolvimento", afirmou.
O recado foi dado um dia depois que o PMDB divulgou documento apontando o "desequil�brio fiscal" e de o vice-presidente Michel Temer ter afirmado que o governo se equivocou na pol�tica econ�mica. Segundo o discurso da presidente, um investimento como o da Fibria, de R$ 7,7 bilh�es, n�o ocorre num pa�s em que est� sem perspectivas e no qual o empresariado n�o confia. "Nenhum empres�rio investe se n�o tiver confian�a no retorno dos recursos aplicados. (O investimento) � express�o da confian�a da Fibria no desenvolvimento sustent�vel do Brasil."
Em entrevista, Katia Abreu, que � do PMDB, negou-se a responder a perguntas sobre o documento divulgado pelo partido. "Vim aqui para falar da Fibria e do Brasil." Segundo ela, os investimentos do governo em infraestrutura n�o est�o sendo mostrados pela imprensa que, segundo ela, prefere mostrar as a��es da Justi�a. "O que precisamos divulgar para o Brasil, e isso � da maior import�ncia, acho que a Justi�a est� cumprindo bem o seu papel, mas precisamos fazer o Brasil crescer. E isso quem faz n�o � o governo, � a iniciativa privada e os trabalhadores que precisam de emprego. E isso n�o se faz com pessimismo."
Segundo ela, apesar das cr�ticas dos pessimistas, o Plano de Investimentos em Log�stica (PIL) est� caminhando e uma das obras, a duplica��o da BR-262, em Mato Grosso do Sul, recebeu 29 manifesta��es de interesse, o que mostraria que a iniciativa privada quer investir no pa�s. "Sei que � dif�cil ficar sabendo pelo notici�rio, mas o Brasil real est� acontecendo." Ela defendeu o ajuste fiscal. "Ou votamos as medidas que est�o sendo propostas pela Fazenda, ou vamos estar optando pelo pior imposto que existe, que � o imposto inflacion�rio."