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Estado de Minas

Deputados reeleitos est�o menos fi�is ao Planalto


postado em 02/11/2015 10:09

Dois de cada tr�s dos 299 deputados reeleitos est�o hoje menos governistas do que em 2011, no come�o do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Desse contingente de tr�s centenas, 40 trocaram de lado: votam agora mais com a oposi��o do que com o governo. Os demais apenas ficaram menos fi�is ao Pal�cio do Planalto.

O afastamento dos deputados "veteranos" da �rbita do governo � medido de acordo com seus padr�es de vota��o, registrados pelo Bas�metro, ferramenta online do Estad�o Dados que mede o governismo de parlamentares, partidos e bancadas estaduais.

Em 2011, os ent�o 299 deputados que hoje mant�m seus mandatos tinham uma taxa m�dia de governismo de 78 pontos, em uma escala de zero a 100. Neste ano, at� outubro, a m�dia dos mesmos parlamentares caiu para 65 pontos.


No Bas�metro, a taxa de governismo mede o alinhamento de cada parlamentar �s orienta��es do l�der do governo na C�mara nas vota��es. Se o deputado votar sempre da mesma forma que o l�der do governo, sua taxa ser� 100. Se o fizer em metade das vota��es a taxa ser� 50, e assim por diante.

'Vira-casacas'.

H� um grupo de reeleitos que se caracteriza pela alta fidelidade a Dilma no primeiro mandato e pelo confronto no segundo. Na lista dos 30 maiores "vira-casacas" (veja quadro), a taxa de governismo m�dia caiu de 94 pontos em 2011 para apenas 40 pontos neste ano.

O ga�cho Jer�nimo Goergen, do PP, � o l�der no ranking dos "vira-casacas": ele votou com o governo em 98% das vezes em 2011; hoje, essa taxa caiu para apenas 25%. "Ficou mais f�cil fazer oposi��o", disse Goergen ao Estado, na sexta-feira. "Houve uma perda de qualidade muito grande no governo."

Nas elei��es de 2010, Goergen votou em Jos� Serra (PSDB) na disputa contra Dilma. No ano seguinte, foi um dos deputados mais fi�is ao governo da petista. "O ambiente era outro, eu estava em primeiro mandato na C�mara e basicamente apenas seguia a orienta��o da lideran�a do meu partido", afirmou.

Um dos deputados investigados pela Opera��o Lava Jato, Goergen nega rela��o entre esse fato e seu afastamento do governo. "Meu nome apareceu nas investiga��es em mar�o deste ano, mas j� em 2014 o PP do Rio Grande do Sul decidiu romper com Dilma", afirmou.

Outro expoente no ranking � Paulo Pereira da Silva (SD-SP), conhecido como Paulinho da For�a. Hoje ele � um dos articuladores da tentativa de abrir um processo de impeachment contra Dilma no Congresso. Em 2011, por�m, ele se alinhou ao governo em nove de cada dez vota��es das quais participou.

Padr�o. H� um claro padr�o partid�rio na onda de distanciamento dos parlamentares em rela��o ao governo. No PP, Jer�nimo Goergen n�o est� sozinho: 26 dos 27 integrantes do partido que exerciam mandato tamb�m em 2011 est�o hoje menos governistas. A exce��o � Jair Bolsonaro (RJ), que j� fazia oposi��o extrema no primeiro mandato de Dilma e manteve os mesmos padr�es de vota��o.

No PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, o movimento � similar: dos 46 deputados reeleitos na legenda, 41 (89%) tiveram queda na taxa de governismo, dois mantiveram seus n�veis e apenas tr�s passaram a ser mais fi�is �s orienta��es do Pal�cio do Planalto.

Houve afastamentos significativos tamb�m no PSB, no PTB e no PDT partidos que j� abandonaram formalmente a base de apoio a Dilma.

No PSB, que se afastou da petista ainda no final do primeiro mandato, 16 dos 18 deputados reeleitos est�o menos governistas. No PDT, 15 dos 16 "veteranos" seguiram a mesma tend�ncia. No PTB foram 16 de 18.

Levando-se em conta toda a C�mara, e n�o apenas os deputados reeleitos, 16 partidos est�o atualmente menos governistas do que no come�o do primeiro mandato de Dilma.

Todos os 21 deputados reeleitos que s�o investigados pela Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, s�o hoje menos governistas do que em 2011, no primeiro ano do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Do grupo de parlamentares investigados, 19 integram o PP, um o PT e um o PMDB. Apesar de serem menos fi�is, a maioria (15) continua votando mais com o governo do que com a oposi��o.


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