Bras�lia - Assim como fez na CPI da Petrobras, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cogita antecipar sua defesa e comparecer voluntariamente ao Conselho de �tica, cujos trabalhos come�am na tarde desta ter�a-feira, 3.
A ideia � tentar mostrar que n�o mentiu na CPI da Petrobras ao dizer que n�o possu�a contas no exterior e desconstruir a acusa��o de que irrigou contas na Su��a com recursos provenientes do esquema de corrup��o na Petrobras investigado pela Opera��o Lava Jato. Pela vers�o relatada, Cunha dir� que as aplica��es na Europa s�o anteriores �s irregularidades envolvendo a estatal.
Essa teria sido a sa�da encontrada pelo peemedebista diante de documentos enviados pelo Minist�rio P�blico su��o, que, segundo a Procuradoria-Geral da Rep�blica, comprovam a exist�ncia de contas em nome dele e de familiares no pa�s europeu. Aliados entendem que a antecipa��o da defesa cria um contraponto � vers�o da PGR, que vem sendo reproduzida pela imprensa.
Cunha negou ter falado sobre esse assunto com qualquer pessoa e se recusou a comentar as informa��es. O peemedebista orientou que seu advogado, o ex-procurador-geral Antonio Fernando de Souza, fosse procurado, mas ele n�o atendeu � liga��o da reportagem.
Para bater o martelo quanto � decis�o de comparecer ao Conselho de �tica j� nos pr�ximos dias, Cunha faz pondera��es e aguarda saber quem ser� o relator de seu processo.
Pela regras do Conselho de �tica, ap�s a defini��o do nome que ocupar� a relatoria, Cunha � notificado e o relator tem dez dias �teis para elaborar relat�rio preliminar posicionando-se sobre a legalidade do processo. Ap�s isso, Cunha tem mais dez dias �teis para apresentar sua defesa.
Na sess�o da CPI em que compareceu espontaneamente, o peemedebista negou ter contas banc�rias no exterior. � justamente essa contradi��o que ser� analisada pelo Conselho de �tica.