
“Aprovamos o projeto de resolu��o depois de uma longa negocia��o com a oposi��o na Casa. Ao longo desse processo eu me conscientizei que n�o dever�amos acabar com os instrumentos de obstru��o, que � um mecanismo democr�tico que garante, em qualquer cen�rio pol�tico, o direito da minoria de se manifestar contra uma mat�ria. O papel da oposi��o � fundamental em todos os governos”, considerou Wellington Magalh�es. A mat�ria vem sendo discutida h� v�rios meses na C�mara Municipal. No in�cio, a proposta era de eliminar do regimento interno da Casa os artigos 142 e 155, que permitem, nessa ordem, a suspens�o da tramita��o do projeto e a suspens�o da vota��o por cinco minutos. “Encontramos uma forma de controlar a presen�a, mantendo o direito da oposi��o. Numa sess�o em que s�o votados 10 projetos, o vereador que participou de cinco n�o perder� o ponto”, acrescentou Magalh�es. Segundo o presidente da C�mara Municipal, a base de apoio ao prefeito Marcio Lacerda (PSB) � a mais faltosa em plen�rio.
O projeto de resolu��o tamb�m introduz mudan�as na distribui��o das sess�es ao longo do ano, acabando com o recesso de julho. At� ent�o, as 10 sess�es de julho eram compensadas em junho e no m�s de agosto. A partir desta quinta, quando entrar� em vigor o novo texto, entre fevereiro e dezembro ser�o realizadas as 10 sess�es mensais, sendo o recesso parlamentar indicado para o m�s de janeiro. “Os pontos foram acordados e aprovados por unanimidade na Casa”, disse nessa ter�a-feira o vereador Gilson Reis (PCdoB). “Nosso acordo foi manter os artigos que permitem a obstru��o, pois, esse � um direito atemporal. A C�mara n�o pode viver sob a instabilidade regimental a cada mudan�a de interesses nos governos. � algo mais permanente. A partir da� acabamos com o recesso de julho e institu�mos um mecanismo de controle para punir os faltosos”, considerou Gilson Reis.