L�deres de oposi��o inauguraram na tarde desta quarta-feira, no Sal�o Verde da C�mara dos Deputados, um painel pr�-impeachment da presidente Dilma Rousseff. Sem mencionar o in�cio do processo disciplinar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os oposicionistas disseram que v�o pressionar o peemedebista para a abertura, ainda neste m�s, do processo de afastamento da presidente da Rep�blica.
O painel foi montado no principal sal�o da Casa com espa�o para a assinatura dos 513 deputados. O quadro ficar� exposto no mesmo ambiente onde est�o os manifestantes pr�-impeachment, que ocupam no Sal�o Verde desde a semana passada. Parte do grupo fica algemada a uma pilastra e outra parte circula pelo espa�o, ora hostilizando deputados governistas, ora saudando Cunha e os parlamentares de oposi��o.
O objetivo do painel, diz a oposi��o, � estimular os demais parlamentares a se posicionar publicamente a favor do impeachment. Os oposicionistas afirmaram que a expectativa do grupo � que Cunha delibere sobre o assunto at� meados deste m�s e, caso indefira o pedido, v�o recorrer ao plen�rio.
L�deres do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade acusaram o Pal�cio do Planalto de pressionar os deputados da base aliada no sentido de evitar o afastamento de Dilma. "N�o � um governo de coaliz�o, � um governo de coopta��o", acusou o l�der tucano, Carlos Sampaio (SP). Durante a apresenta��o do painel aos jornalistas, os l�deres se revezaram na tribuna com cr�ticas duras ao governo petista, mas nenhuma men��o ao caso de Cunha, acusado de ter contas banc�rias ocultas na Su��a e apontado por delatores da Opera��o Lava Jato como um dos benefici�rios do esquema de corrup��o na Petrobras.
"Quem quebrou o Brasil foi o PT, foi a presidente Dilma Rousseff", disse o l�der do DEM, Mendon�a Filho (PE). Questionados se n�o fariam um painel na mesma propor��o pedindo o afastamento de Cunha, o l�der da minoria na Casa, Bruno Ara�jo (PSDB-PE), respondeu que o processo contra o peemedebista j� se iniciou no Conselho de �tica e que agora � a vez de Dilma Rousseff enfrentar um processo no Congresso. "Queremos que Dilma chegue ao mesmo status do presidente Eduardo Cunha, que o processo possa se iniciar", declarou.