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Estado de Minas

Maioria dos deputados e senadores do PMDB se declaram a favor do impeachment

Pesquisa revela que partido apoia o impedimento embora 56% dos parlamentares preferiram n�o se manifestar sobre assunto


postado em 31/10/2015 06:00 / atualizado em 31/10/2015 13:31

O PMDB, maior partido da base governista, tem mais deputados e senadores que se declaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff do que contra, mostra pesquisa do Datafolha que ouviu 63% dos parlamentares das duas Casas legislativas. Entre os deputados da legenda, 28% afirmaram que votariam a favor da abertura do processo de impeachment, caso o assunto chegasse ao plen�rio da C�mara, enquanto 16% votariam contra. Num sinal de como o tema � espinhoso e da pr�pria forma do PMDB de se relacionar com o governo, a maioria dos deputados peemedebistas, 56%, n�o se posicionou sobre o assunto. No Senado, considerado um terreno mais seguro pelo governo, a opini�o dos peemedebistas tamb�m parece mais desfavor�vel a Dilma do que favor�vel: 45% disseram que votariam a favor do afastamento definitivo da presidente, caso a quest�o seja analisada pela Casa. Outros 36% declararam que votariam contra. E 18% n�o se posicionaram.

O resto da base governista (composta por PP, PTB, PDT, PSD, PCdoB, PSC, PRP, PTdoB, PHS, PTN, PRB, PR, PEN e PROS) parece mais alinhada � presidente. Na C�mara, 33% desses deputados disseram que votariam contra a abertura do processo de impeachment, enquanto 29% votariam a favor e 38% n�o se posicionaram. No Senado, 20% da base se diz a favor do afastamento da presidente, enquanto 47% se declara contra e 33% n�o disse o que faria.

Nos extremos est�o o PT, partido da presidente, e o PSDB, principal partido de oposi��o, cujos l�deres t�m apoiado movimentos populares pr�-impeachment. Na C�mara, 97% dos petistas votariam contra impeachment e 3% n�o se posicionaram. J� entre os deputados tucanos, 95% votariam a favor do processo que poderia culminar com a sa�da de Dilma e 5% n�o deram opini�o. De forma similar, 88% dos senadores do PT votariam contra o impedimento e 13% n�o disseram o que fariam. No PSDB, 86% votariam a favor do afastamento de Dilma e 14% n�o se posicionaram.

No geral, 39% dos deputados federais disseram que votar�o a favor da abertura do processo se a quest�o for levada ao plen�rio da C�mara. Outros 32% afirmaram que votar�o contra. E 29% dos consultados n�o se posicionaram nessa quest�o. No Senado, onde foram ouvidos 51 senadores, o balan�o � mais favor�vel � petista. O maior grupo (43%) disse que vota contra o afastamento definitivo, caso a C�mara abra um processo de impeachment. Os que prometeram votar a favor somam 37%. E 20% dos senadores n�o se posicionaram. O levantamento foi feito entre 19 e 28 de outubro.

LIMITA��ES Devido �s caracter�sticas do Congresso, a pesquisa tem limita��es que n�o existem num levantamento de opini�o p�blica convencional. A principal � em rela��o ao n�mero grande de parlamentares que n�o aceitam participar da consulta. Todos os congressistas foram procurados pelo instituto, mas 37% n�o quiseram participar ou n�o foram encontrados. Al�m disso, muitos n�o se posicionaram em determinadas quest�es, mesmo aceitando participar da pesquisa. “Os resultados finais indicam tend�ncias gerais, mas n�o s�o representativos do total do Congresso”, diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

SEM DEPENDER DO AJUSTE


Em discurso lido pela ministra da Agricultura, Katia Abreu, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que seu governo n�o depende exclusivamente das medidas de equil�brio das contas p�blicas. “N�o estamos prisioneiros da agenda de ajuste. Temos uma agenda consistente de desenvolvimento”, disse Katia Abreu ao ler o pronunciamento que seria da presidente, no lan�amento da pedra fundamental da nova f�brica de celulose da Fibria, ontem, em Tr�s Lagoas (MS). Pouco depois, por�m, o texto defendeu a volta da CPMF, sem mencionar o nome do tributo. “Ou absorvemos impostos colocados democraticamente ou optamos pelo imposto inflacion�rio.” A ministra representou a presidente Dilma Rousseff, que cancelou viagem a Mato Grosso do Sul porque sua m�e, Dilma Jane, passou mal. Em entrevista, depois do evento, Katia Abreu defendeu que o Congresso aprove as medidas de ajuste fiscal, incluindo aumento de tributos. “Ser� que as pessoas n�o percebem que a infla��o � o imposto que prejudica os mais pobres, os trabalhadores? Muito melhor � um imposto organizado pelo Congresso, em que todos os brasileiros possam contribuir um pouquinho”, defendeu.

 

 


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