A presidente da CPI dos Crimes Cibern�ticos da C�mara, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), reconhece a contamina��o, mas minimiza que a polariza��o pol�tico-partid�ria entre governistas e oposi��o esteja dominando os trabalhos da comiss�o. "A polariza��o foi de dois ou tr�s membros. Das cerca de 30 sess�es que tivemos, apenas tr�s foram sobre assuntos relacionados a isso", diz.
Opositores ao governo da presidente Dilma Rousseff passaram a focar seu trabalho na comiss�o em apurar poss�vel financiamento do Planalto a sites piratas e publicidade digital e transfer�ncia de recursos para ag�ncias ligadas ao PT e ao governo. Parlamentares de esquerda, por sua vez, passaram a pedir que a CPI investigue a atua��o de grupos pr�-impeachment de Dilma.
Embora seja filiada a um partido de oposi��o ao governo e aliada ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente da CPI diz que vem tentando evitar que a disputa pol�tica interfira nos trabalhos. Ela conta que, durante a vota��o na CPI, costurou acordo para que os requerimentos de convoca��o se tornassem convites, quando a pessoa n�o � obrigada a comparecer.
Na semana passada, Mariana apresentou requerimento pedindo a prorroga��o dos trabalhos da CPI por mais 60 dias. A previs�o inicial era de que a comiss�o acabasse em 4 de dezembro. Ela nega que a polariza��o tenha atrasado os trabalhos. "Pedi porque tem muitos assuntos para debater", diz, citando pedidos de convoca��o de delegados e especialistas de crimes cibern�ticos.
Componente
O relator da CPI, deputado Esperidi�o Amin (PP-SC) tamb�m minimiza os efeitos da polariza��o no andamento da comiss�o. "� imposs�vel imaginar que a componente pol�tico-partid�ria n�o esteja presente na CPI. Ela � um componente, n�o � contamina��o", diz. Segundo ele, a polariza��o est� presente em v�rios espa�os da C�mara.
Para Amim, as convoca��es dos grupos pr� e contra governo eram "indispens�veis". "Se algu�m requereu, � porque achava que podia ter algum crime cibern�tico. Voc� n�o pode censurar", afirmou. O deputado afirmou que pretende levar em considera��o os depoimentos em seu relat�rio, "tanto para aumentar quanto para dar desconto". "Vai ser um trabalho presumido pela sensatez."