(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

CPI de crimes cibern�ticos vira palco para apurar grupos pr� e anti governo


postado em 06/11/2015 17:49 / atualizado em 06/11/2015 17:18

Instalada em agosto deste ano para apurar crimes cibern�ticos como pedofilia e delitos ligados ao sistema financeiro, a CPI dos Crimes Cibern�ticos da C�mara dos Deputados foi contaminada pela polariza��o pol�tico-partid�ria entre governistas e oposi��o e descambou seu foco para apurar como operam os grupos pr� e anti governo na internet.

Opositores ao governo da presidente Dilma Rousseff passaram a focar seu trabalho na comiss�o em apurar poss�vel financiamento do Planalto a sites piratas e publicidade digital e transfer�ncia de recursos para ag�ncias ligadas ao PT e ao governo. Parlamentares de esquerda, por sua vez, passaram a pedir que a CPI investigue a atua��o de grupos pr�-impeachment de Dilma.

Requerimentos

Aproveitando o pouco olhar do governo � CPI, oposicionistas convocaram, por exemplo, o publicit�rio Jefferson Monteiro, autor do perfil "Dilma Bolada", que rompeu recentemente com o governo. Ele foi acusado de receber R$ 20 mil por m�s do PT para promover a imagem da Dilma e criticar advers�rios pol�ticos dela. Monteiro negou as den�ncias na CPI.

De acordo com reportagem veiculada na imprensa, os pagamentos ao publicit�rio eram feitos por meio da ag�ncia de comunica��o Pepper Interativa, suspeita de receber recursos considerados suspeitos do PT. A companhia tamb�m � alvo da oposi��o na CPI, que apresentou requerimentos convocando a propriet�ria, Danielle Fonteles, a depor na comiss�o e pedindo a quebra do sigilo telem�tico da empresa.

Entre os requerimentos, a oposi��o tamb�m pediu quebra de sigilo fiscal e banc�rio da Editora 247 e do editor respons�vel pelo site brasil247.com entre 2005 e 2015. Autor do pedido, o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) usa como justificativa mat�ria do jornal O Estado de S.Paulo mostrando que o site teria recebido R$ 120 mil relativos � propina destinada ao PT desviados de contratos da Petrobras.

O sub-relator da CPI, deputado Sandro Alex (PPS-PR), chegou a apresentar relat�rio no qual acusa o governo de, ao lado de grandes empresas privadas, anunciar em sites piratas. Convocado a depor na comiss�o, o ministro da Comunica��o Social, Edinho Silva, negou que o governo pague pelas propagandas. Segundo ele, o Executivo � v�tima do uso indevido das marcas do governo federal.

Outra frente de opositores para atingir o governo foi apresentar requerimento pedindo ao Superior Tribunal de Justi�a (STJ) c�pia de todos os documentos relativos � Opera��o Acr�nimo, que investiga irregularidades de campanha e suposto recebimento de propina pelo governador de Minas, Fernando Pimentel (PT-MG), quando ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior.

Pr�-impeachment


Ideologicamente mais pr�ximo do governo, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), por sua vez, apresentou requerimentos convocando representantes dos movimentos pr�-impeachment Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre (MBL) para depor na CPI. No caso do MBL, o parlamentar tamb�m pediu o "compartilhamento" das movimenta��es financeiras do grupo no �ltimo ano.

Membro da CPI, Wyllys decidiu deixar o colegiado na semana retrasada, alegando que os trabalhos da comiss�o foram "desvirtuados" pela "polariza��o pol�tico-partid�ria" que se acentuou ap�s as elei��es presidenciais de 2014. "L� n�o seria produtivo, por isso resolvi sair. Se � para viver esse clima de impeachment, eu fico aqui no plen�rio", explicou.

Questionado se n�o tinha contribu�do para essa polariza��o ao pedir a convoca��o de grupos pr�-impeachment, Wyllys justificou que o pedido foi embasado em um dossi� que re�ne crimes cibern�ticos praticados por eles. "Se a CPI est� chamando quem n�o pratica crime, como a Dilma Bolada, por que n�o chamar um grupo que de fato faz ataques orquestrados?", questionou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)