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Estado de Minas

Governo Dilma enfrenta bloqueios de estradas por caminhoneiros

N�o bastassem as dificuldades no Congresso e na economia, governo vira alvo de caminhoneiros pelo pa�s. Em 13 estados, incluindo Minas, rodovias foram bloqueadas total ou parcialmente


postado em 10/11/2015 06:00 / atualizado em 10/11/2015 07:33

Em Igarapé, na RMBH, caminhões pararam no acostamento e formaram fila que chegou a quatro quilômetros. Em Valparaíso (GO), manifestantes atearam fogo em pneus na 040 para impedir a passagem dos veículos (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press e e Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Em Igarap�, na RMBH, caminh�es pararam no acostamento e formaram fila que chegou a quatro quil�metros. Em Valpara�so (GO), manifestantes atearam fogo em pneus na 040 para impedir a passagem dos ve�culos (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press e e Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)

Em meio a amea�as de impeachment, crise com o Congresso e aliados e n�meros desfavor�veis na economia, o governo federal enfrenta agora o descontentamento dos caminhoneiros. Convocados pelo Comando Nacional do Transporte (CNT), motoristas bloquearam nessa segunda-feira (9) trechos de estradas de 13 estados brasileiros: Bahia, Cear�, Esp�rito Santo, Goi�s, Minas Gerais, Pernambuco, Paran�, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, S�o Paulo e Tocantins. Os manifestantes se declararam aut�nomos e independentes dos sindicatos da categoria. Contr�rios ao governo Dilma Rousseff (PT), eles pedem a sa�da da presidente, o aumento do valor do frete, reclamam da alta de impostos e do pre�o dos combustiveis, entre outros pontos.

Os bloqueios foram em sua maioria parciais, com a ocupa��o de apenas uma pista. Os carros de passeio puderam transitar normalmente. A entidade organizadora da paralisa��o, o CNT, � presidida por Ivar Luiz Schmidt. Em comunicado distribu�do no fim do m�s passado, o comando informou que a manifesta��o conta com o apoio de grupos que pedem a sa�da de Dilma, como o Movimento Brasil Livre, o Vem Pra Rua, o Revoltados On Line e o Movimento Brasil Livre (MBL). Segundo Schmidt, os caminhoneiros agora somente v�o negociar com “o pr�ximo governante”.

Mas a greve rachou a categoria, que em abril deste ano fez um longa paralisa��o. Entidades como a Confedera��o Nacional dos Transportes Aut�nomos (CNTA), a Uni�o Nacional dos Caminhoneiros (UNC) e a Confedera��o Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Log�stica da CUT (CNTTL) divulgaram nota contra o protesto. Em nota, a CNTTL classificou o protesto dessa segunda-feira como uma “manobra” de um “grupo que tenta usar os caminhoneiros em prol de interesses pol�ticos, que nada t�m a ver com a pauta de reivindica��es da categoria”. O movimento foi criticado tamb�m pela Associa��o Brasil Caminhoneiro (ABCAM), que considerou o ato pol�tico.

O ministro da Comunica��o Social, Edinho Silva, afirmou que o movimento teve o objetivo de desgastar politicamente o governo Dilma. “O governo respeita todas as mobiliza��es e manifesta��es, mas no nosso entendimento esta � uma greve pontual, que tem se caracterizado pela aspira��o �nica de desgastar o governo. Voc� n�o pode apresentar uma greve cujo principal objetivo � gerar desgaste ao governo. � uma greve que n�o busca melhorias para a categoria”, afirmou Edinho.

Pedras

Em Minas, caminhoneiros pararam nessa segunda-feira em pelo menos oito trechos das rodovias federais mineiras. Na grande maioria, os bloqueios, que come�aram na madrugada, foram parciais. Na BR-262, em Igaratinga,o bloqueio foi total, com a libera��o apenas de ve�culos de passeio, com carga viva ou medicamentos. Em Pitangui, no Centro-Oeste, alguns manifestantes colocaram fogo em pneus no meio da pista, perto do Parque de Exposi��es. Nos demais trechos, os carros ocuparam as faixas de acostamento e, em alguns casos, uma das pistas, deixando as outras livres para o tr�nsito. Em Igarap�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, na beira da BR-381, alguns motoristas tentavam impedir que outros seguissem viagem jogando pedras nos ve�culos ou fazendo amea�as. A Pol�cia Rodovi�ria Federal teve de intervir. No final da tarde, foi formada uma fila de quatro quil�metros.

O casal de caminhoneiros Jos� Joaquim de Oliveira e Michele Nascimento, que vinham de Santa B�rbara do Oeste, S�o Paulo, para deixar uma carga em Contagem, na RMBH, disse ter sido obrigado pelos piquetes a parar o ve�culo. Segundo eles, homens que estavam em um Opala preto amea�aram danificar o caminh�o caso eles n�o atendessem ao chamado para aderir � paralisa��o. Carlos, que n�o quis ser identificado pelo nome completo, saiu s�bado de Penha, em Santa Catarina, transportando pescado para a regi�o metropolitana. “Mas n�o me deixaram seguir. Amea�aram jogar pedra, deitaram na rodovia para a gente n�o seguir e disseram que se insist�ssemos, nos parariam de novo l� na frente. Meu patr�o disse para eu n�o discutir e n�o correr risco, ent�o estou parado.” Depois da interven��o da PRF, todos seguiram viagem.

Caminhoneiro h� 32 anos, Cleber Marcelo Martins Santos disse que aderiu ao movimento porque est� tendo dificuldade em continuar rodando por causa dos altos custos do diesel, dos ped�gios e do baixo valor do frete. “N�o h� condi��o de sobreviver pagando, em alguns lugares, at� R$ 3,60 pelo litro de diesel.”

Entidades envolvidas com a produ��o e comercializa��o de combust�veis informaram nessa segunda-feira que n�o h�, por enquanto, risco de desabastecimento nem necessidade de correr aos postos para encher o tanque. (Com ag�ncias)


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