O julgamento do �ltimo acusado de participar da Chacina de Una�, o cerealista Hugo Alves Pimenta, n�o deve ser encerrado nesta ter�a-feira, de acordo com o juiz Murilo Fernandes, que preside a sess�o do j�ri. A previs�o � de que os trabalhos sejam conclu�dos nesta quarta-feira. Os depoimentos de acusa��o foram encerrados no meio da tarde desta ter�a-feira e na sequ�ncia ser�o exibidos v�deos e haver� ainda a leitura das pe�as do inqu�rito. A previs�o � de que esta parte do julgamento dure cerca de quatro horas. Pimenta � acusado de intermediar a contrata��o de pistoleiros para executar os quatro servidores do Minist�rio do Trabalho, mortos em Una�, em 28 de janeiro de 2004. O j�ri ocorre na 9ª Vara da Justi�a Federal, em Belo Horizonte. Por ter colaborado com a Justi�a, se condenado, o empres�rio poder� ter a pena reduzida em at� dois ter�os. O conselho de senten�a que ir� considerar Pimenta culpado ou inocente � formado por quatro mulheres e tr�s homens.
Os auditores fiscais Erast�tenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva e o motorista Ailton Oliveira foram mortos a tiros quando faziam fiscaliza��o de rotina na zona rural de Una�.
Em um dos depoimentos de hoje, o policial civil Jo�o Alves de Miranda, que participou das investiga��es, disse que os executores haviam sido contratados para matar uma pessoa, mas o plano acabou sendo alterado. “Os executores receberam ordem para matar um. Quando viram que Nelson estava acompanhado, receberam ordem para matar todos”, afirmou.
Pela manh�, a defesa de Hugo Pimenta informou que dispensou as testemunhas. J� a acusa��o escalou 11 pessoas.
Fam�lia espera Justi�a
"Eles est�o tendo toda chance de defesa, quando n�o deram a menor chance aos quatro, executados com tiros na cabe�a", disse Helba Soares da Silva, esposa de Nelson. Ela acompanha o julgamento, juntamente de Marin�s Lima, esposa de Erast�tenes de Almeida, e da presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Rosa Maria Campos Jorge.
Outros condenados
Nas duas �ltimas semanas, os mandantes e irm�os Norberto e Ant�rio M�nica foram condenados a 100 anos de pris�o, cada um. Os pistoleiros, julgados no ano passado, j� cumprem pena total de 226 anos de pris�o. Nas duas ocasi�es, o empres�rio foi arrolado como testemunha de acusa��o, apesar da estreita amizade que mantinha com Norberto M�nica.