
A presidente Dilma Rousseff afirmou hoje (16) que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, continuar� no cargo. Em entrevista � imprensa ap�s participar da C�pula do G20, na Turquia, Dilma disse que, apesar de ter enorme respeito pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, discorda das cr�ticas dele ao ministro. “Ele [Levy] � um grande servidor p�blico, que tem compromisso com a estabilidade do pa�s. Acho nocivas as especula��es [sobre a sa�da do ministro do cargo], pois me obrigam a vir a p�blico dizer que ele fica onde est�.”
A presidente defendeu a aprova��o da nova Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF) pelo Congresso Nacional. “Temos sido acusados de termos feito excessiva desonera��o fiscal e subs�dio de juros, e que isso levou ao desequil�brio or�ament�rio. Fizemos grande esfor�o de reequil�brio fiscal. Agora vai requerer de n�s, al�m da redu��o de despesas, a consci�ncia, a responsabilidade para aprovar a CPMF. Vamos ter que discutir com a sociedade brasileira, pois [a volta da CPM] � fundamental para sair da crise. Eu acredito que o Brasil vai ter de enfrentar este fato. � fundamental que se aprove”, afirmou.
Terrorismo
Na entrevista, Dilma tamb�m falou sobre os atentados terroristas em Paris. “O terrorismo deve ser combatido por todos os pa�ses do G20. � a anticiviliza��o, � contra valores morais”. A presidente defendeu que o Congresso brasileiro aprove a Lei Antiterrorismo, embora o pa�s n�o esteja no centro da quest�o. O texto tramita no Senado. Dilma afirmou que os outros representantes do G20 n�o demostraram grande preocupa��o com a seguran�a nos Jogos Ol�mpicos do Rio de Janeiro 2016, mas que n�o se deve tratar o Brasil como “totalmente protegido e afastado” do terrorismo.
A presidente disse que o terrorismo tem diversas causas, como a xenofobia e o preconceito. “N�o podemos ligar o terrorismo a uma religi�o. Ningu�m pode tachar qualquer religi�o de ser patrocinadora de terrorismo. Na hist�ria, poucas [religi�es] n�o tiveram atitudes violentas e de persegui��o.”
Trag�dia em Mariana
Ao comentar a trag�dia em Mariana, a presidente afirmou que o objetivo inicial � dar assist�ncia �s pessoas afetadas pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco no distrito de Bento Rodrigues, no dia 5 deste m�s. Segundo Dilma, amanh� (17) haver� uma reuni�o com um grupo de gest�o criado para propor a��es de reconstru��o e recupera��o tanto da bacia quanto dos afluentes do Rio Doce, atingido pelo rio de lama com rejeitos de minera��o. O grupo tem participa��o de diversos setores, entre eles ministros, representantes dos governos locais e do Minist�rio P�blico. “N�o vai ser resolvida [a recupera��o do rio] em um, nem dois, nem tr�s anos”, disse ela.
Mudan�as clim�ticas
Em rela��o �s mudan�as clim�ticas, Dilma afirmou que o desafio � encontrar um entendimento entre pa�ses em diferentes est�gios de desenvolvimento, mas reiterou que o Brasil tem uma posi��o clara e objetiva dos objetivos at� 2030. “S�o necess�rios o financiamento e a transfer�ncia de tecnologias para se viabilizar a ado��o de a��es de mitiga��o”.
A presidente embarcou �s 12h30 para o Brasil e deve chegar a Bras�lia por volta da meia-noite.