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Estado de Minas

Peemedebistas repetem jogo de cena em encontro do partido

Em congresso do partido, caciques da legenda cumprem o roteiro previsto e fazem discurso a favor e contra a sa�da imediata do governo Dilma. Nada ficou definido sobre ruptura com o PT


postado em 18/11/2015 06:00 / atualizado em 18/11/2015 07:53

"Por enquanto, n�o, obrigado. Vamos esperar 2018. Vamos montar um candidato, um grande nome do PMDB. Estou encerrando minha vida p�blica" - Michel Temer (PMDB), vice-presidente da Rep�blica, ao responder aos militantes que defendiam o impeachment de Dilma e pediam que ele assumisse a Presid�ncia (foto: Wendel Lopes/PMDB/Divulga��o)
Bras�lia – O congresso da Funda��o Ulysses Guimar�es, centro de estudos do PMDB, serviu como palco para um jogo de cena em que cada dirigente e parlamentar da legenda representou um papel esperado no encontro. Com os microfones abertos, o Hotel Nacional, onde ocorreu nessa ter�a-feira (17) a reuni�o, foi palco para discursos inflamados do grupo a favor do desembarque imediato do governo federal e contr�rios � gest�o da presidente Dilma Rousseff, mas tamb�m teve falas no sentido inverso. O encontro chegou a ter manifesta��es com bonecas da petista e vaias ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado por corrup��o. Mas, apesar dos bate-bocas, o congresso n�o teve car�ter deliberativo. E o pr�prio o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, presidente do partido, em discurso mais ameno, afirmou que n�o � hora de a sigla deixar o governo.


O encontro era para discutir o programa de governo do PMDB, intitulado Uma ponte para o futuro, divulgado no fim do m�s passado, que traz cr�ticas �s propostas econ�micas do PT e tenta posicionar o PMDB como alternativa de poder. Os debates serviram como gancho para discursos duros contra e a favor da sa�da do governo, ponto sem consenso na legenda. Mesmo sob a avalia��o de aliados de que n�o deveria comparecer ao encontro, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha, foi at� o local e recebeu vaias de um pequeno grupo, que exigiu a sa�da dele. Ao mesmo tempo, outros militantes que defendem o desembarque imediato do partido do governo da presidente Dilma Rousseff pediam que Temer vestisse “a faixa j�”.

Declarado oposicionista ao governo e integrante da ala a favor da ruptura, Cunha defendeu o distanciamento da sigla de Dilma e a necessidade de um candidato pr�prio em 2018. “Essa voz (do PMDB) n�o pode ser abafada por meia d�zia de carguinhos. O PMDB ter� candidato em 2018. Isso � inevit�vel”, disse Cunha. Durante a reforma ministerial, em outubro, a legenda ganhou mais dois minist�rios totalizando sete no total.

No lugar de vaias, o vice-presidente foi recebido ao palco com gritos de “Brasil pra frente, Temer presidente”. O presidente do PMDB, por�m, teve seu discurso interrompido por um outro grupo de manifestantes que levantaram pequenas bonecas infl�veis da presidente vestida com uma faixa presidencial com os dizeres “impeachment”. Temer se dirigiu aos manifestantes e disse: “Por enquanto, n�o, obrigado. Vamos esperar 2018. Vamos montar um candidato, um grande nome do PMDB. Estou encerrando minha vida p�blica”, completou Temer, que tem 75 anos.

Em seguida, usou esse tom para conduzir o discurso que j� havia preparado. Ressaltou que o partido ter� candidato pr�prio em 2018 e falou sobre a crise que o governo atravessa. O vice-presidente tamb�m fez declara��o semelhante � que deu em agosto e que irritou o governo, por soar como a apresenta��o de uma nova op��o ao poder e falou da necessidade de algu�m para “reunificar” o pa�s. “N�o � de hoje que tenho falado em reunificar o pensamento nacional e pacificar a na��o. N�o � da �ndole do brasileiro a dissemina��o do �dio”, disse.

Um dos l�deres do grupo que pede o desembarque do governo, o ex-ministro da Integra��o Nacional Geddel Vieira Lima foi firme no pedido. “Se queremos ter condi��es de falar de candidatura em 2018, temos que ter a coragem de abandonar os cargos nesse governo”, disse.

REPERCUSS�O Apesar de ter repetido uma fala que j� havia irritado o governo, o discurso do vice-presidente n�o foi visto como inoportuno. A avalia��o, no Pal�cio do Planalto, � a de que Temer conseguiu contextualizar o discurso e, portanto, construiu uma mensagem equilibrada. Para interlocutores de Dilma, a fala foi contr�ria � do chamado “grupo do barulho”, que quer a sa�da imediata do governo e acabou por ser em defesa ao governo.

“Foi outro Temer. Ele conseguiu fazer um equil�brio entre a posi��o partid�ria e a de vice-presidente”, disse um assessor palaciano. O Planalto avaliou tamb�m que o congresso serviu para que entender a posi��o de Temer no partido e demonstrou que o vice-presidente refor�ou sua lideran�a na legenda. Sobre os outros discursos, j� era esperado no Planalto que houvesse falas inflamadas em todos os sentidos.

Militantes do partido pedem que Temer assuma a Presidência da República (foto: José Cruz/Agência Brasil)
Militantes do partido pedem que Temer assuma a Presid�ncia da Rep�blica (foto: Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil)

 

 


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