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Estado de Minas

Gabrielli sabia de 'acertos pol�ticos', diz operador do PMDB


postado em 17/11/2015 14:37 / atualizado em 17/11/2015 15:35

O operador de propinas do PMDB Fernando Falc�o Soares, o Fernando Baiano, afirmou em sua dela��o premiada que dois ex-diretores da Petrobras, presos na Opera��o Lava Jato, disseram a ele que o ex-presidente da estatal Jos� S�rgio Gabrielli sabia dos "acertos pol�ticos" fechados para o projeto Revamp (Renova��o do Parque de Refino), na Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que teria envolvido o adiantamento de propinas para pol�ticos.

"(Renato, ex-diretor de Servi�os) Duque comentou assim como Nestor Cerver� (ex-diretor de Internacional), que Gabrielli tinha conhecimento tamb�m do projeto da Revamp e dos "acertos’ pol�ticos", disse Fernando Baiano, � Procuradoria Geral da Rep�blica, no termo de dela��o n�mero 5.

"Questionado qual seria o 'acerto pol�tico', ouviu dizer que na Revamp o Partido Progressista (PP) e o Partido dos Trabalhadores (PT) receberiam um valor consider�vel de propina", registra a for�a-tarefa da Lava Jato, em dela��o anexada nesta segunda-feira, 16, nos autos da Opera��o Corros�o, 20ª fase da Lava Jato.

A nova etapa da investiga��o mira em Pasadena, caso emblem�tico da corrup��o instalada na Petrobras. Segundo o Tribunal de Contas da Uni�o, a compra da refinaria causou um preju�zo de US$ 792 milh�es.

"Quem pagaria tais valores seriam as empresas que fariam a Revamp", explica Baiano. Ele citou a Odebrecht e a UTC entre as supostas empresas envolvidas, ao ser questionado pela for�a-tarefa.

O depoimento � convergente com os termos do novo delator da Lava Jato, o engenheiro Agosthilde M�naco de Carvalho que declarou � for�a-tarefa que Cerver� lhe disse que a compra da refinaria de Pasadena poderia "honrar compromissos pol�ticos" do ent�o presidente da estatal, Gabrielli. Os dois disseram ter participado do pagamento de US$ 15 milh�es de propina na primeira etapa das negocia��es, entre 2005 e 2006.

"De acordo com as informa��es fornecidas por Nestor Cerver�, este neg�cio atenderia ao interesse de Gabrielli em realizar o Revamp e ao interesse da �rea internacional em adquirir a Refinaria", declarou M�naco.

Adiantamento

Fernando Baiano foi pe�a decisiva para a Opera��o Corros�o. Ele havia contado no dia 9 de setembro que ouviu de Nestor Cerver�, ex-diretor de Internacional da Petrobras e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, de reuni�es com representantes das duas empresas para tais acertos. Nesses encontros, teriam sido mencionados os adiantamentos.

"Ouviu que, em uma dessas reuni�es, os pol�ticos haviam pedido adiantamentos referentes � Revamp", conta Baiano. "Tais solicita��es de adiantamentos foram repassadas pelos pol�ticos para Cerver� e Duque, e estes cobraram das empresas."

O operador afirma ter tomado conhecimento de que os adiantamentos foram feitos, mas n�o sabe nominar tais pol�ticos. "Cerver� e Duque podem fornecer maiores informa��es", afirma Baiano. Os dois ex-diretores est�o presos em Curitiba e j� tentaram acordo de dela��o com a Lava Jato, sem sucesso at� aqui. Al�m dos US$ 15 milh�es da primeira etapa, M�naco de Carvalho citou um acerto de US$ 100 milh�es em propina na segunda etapa de compra de Pasadena.

C�rcere

Fernando Baiano est� preso desde novembro em Curitiba. Ele pode ser transferido para o regime domiciliar ainda essa semana. Em sua dela��o, o lobista disse que na cadeia ouviu de Duque a confirma��o de acertos na Revamp de Pasadena.

Defesa

Gabrielli repudia, em nota, "qualquer ila��o de que a aquisi��o da refinaria de Pasadena serviria para honrar compromissos pol�ticos" ou ainda que teria o interesse de direcionar o projeto de Revamp � empresa Odebrecht, "conforme afirma, irresponsavelmente e sem apresentar qualquer prova, o engenheiro Agosthilde M�naco Carvalho".

"As afirma��es s�o mentirosas. Se algu�m se locupletou com opera��es fraudulentas relacionadas com a aquisi��o, que pague por seus erros, depois das investiga��es policiais e o devido processo legal", diz a nota.

"A compra da refinaria de Pasadena atendeu ao Planejamento Estrat�gico da Petrobras, vigente desde 1997, que previa a expans�o dos neg�cios de refino fora do Brasil. A aquisi��o foi aprovada, com base pareceres t�cnicos e jur�dicos, pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administra��o", afirma Gabrielli, dizendo, ainda, que "o aludido preju�zo de US$ 792 milh�es pela compra da refinaria nunca existiu", conforme defesa feita junto ao Tribunal de Contas da Uni�o.


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