Bras�lia - A perman�ncia do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no cargo est� condicionada a uma melhora na economia em 2016. Para a presidente Dilma Rousseff, neste momento, Levy ainda tem miss�es para cumprir e contou a favor, por exemplo, a nova vit�ria obtida ontem por ele, no Congresso, ao aprovar na Comiss�o Mista de Or�amento a nova meta fiscal de 2015.
A ideia � que Levy apresente um discurso mais otimista, apontando para um futuro melhor em 2016, e n�o se limitando apenas a falar de "ajuste, ajuste e ajuste". Dilma entende que as vit�rias obtidas por Levy fortalecem ela pr�pria e o governo.
Na avalia��o da presidente, ela e Levy t�m, cada qual, um papel a desempenhar. Apesar de toda a aposta e press�o para a sa�da de Levy, Dilma tem resistido e, se o ministro for bem-sucedido nas miss�es, poder� ir ficando no cargo porque nem Dilma quer tir�-lo nem ele quer sair. Prova disso � que Levy continua se empenhando para aprovar projetos importantes para a economia no Congresso e tem tido vit�rias, como a dessa ter�a, 17.
Acerto
As declara��es de Levy e Dilma foram combinadas. No domingo, o ministro anunciou que tinha o respaldo de Dilma e que ficaria no cargo "at� segunda ordem". Isso foi acertado entre ambos. No dia seguinte, ela fez quest�o de reiterar a perman�ncia de Levy. Depois do endosso de Dilma a Levy, na segunda, em Ant�lia, na Turquia, sa�ram juntos e ela o convidou para irem no mesmo carro at� o aeroporto, de onde voaram tamb�m juntos para o Brasil, na cabine presidencial.
A rela��o entre Dilma e Levy est� boa e a viagem � Turquia, onde os dois participaram das reuni�es do G-20, ajudou a aproxim�-los e a melhorar o clima entre eles, que voaram cerca de 14 horas durante todo o trajeto de volta ao Pa�s.
Dilma tem resistido �s press�es para substituir Levy e, desta vez, ela demorou mais do que nas vezes anteriores para sair em defesa do seu titular da economia. A defesa de Levy, tamb�m, n�o veio com a mesma �nfase de situa��es anteriores, quando a presidente chegou a dizer que ele era o "fiel da economia". Desta �ltima vez, ela se limitou a dizer que Levy "fica onde est�". Nesta mesma declara��o, a presidente fez quest�o de demarcar espa�o no governo por causa da interfer�ncia do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que insiste no nome do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.