Mesmo diante da press�o de deputados, o Congresso decidiu nesta quarta-feira, 18, manter o veto da presidente Dilma Rousseff � possibilidade de fazer doa��es de empresas a candidatos e a partidos pol�ticos. A proposta recebeu 220 votos de deputados pela derrubada, 190 pela manuten��o e cinco absten��es. N�o chegou a ir � vota��o pelo Senado. Para serem derrubados, os vetos precisariam ter o apoio de, pelo menos, 257 deputados e 41 senadores.
Durante as discuss�es, o l�der da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ), disse que a tentativa de derrubar o veto � motivo de perplexidade. Ele lembrou que o Senado, o Supremo Tribunal Federal e o governo - "os tr�s Poderes" - j� se posicionaram recentemente de forma favor�vel ao fim da doa��o privada.
O l�der do PSOL na C�mara, Chico Alencar (RJ), disse que a press�o dos deputados em favor da derrubada do veto � uma "provoca��o infantil" em rela��o � decis�o do STF. Em meados de setembro, por oito votos a tr�s, a Corte proibiu o financiamento privado de campanhas eleitorais.
"Estamos vendo um elenco de partidos dizer que pode ter financiamento privado", reclamou Alencar. "� um acinte", acusou a l�der do PCdoB na C�mara, Jandira Feghali (RJ).
Um dos vice-l�deres do DEM, deputado Onyx Lorenzoni (RS), defendeu a doa��o privada e argumentou que, num Pa�s com car�ncias nas �reas de sa�de e educa��o, n�o se pode retirar dinheiro p�blico para se fazer elei��o. "O problema � que o PT j� fez o seu caixa no mensal�o e no petrol�o", atacou.
O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) afirmou que os parlamentares que votaram pela manuten��o do veto j� contam com o financiamento p�blico, "via Petrobras e programas governamentais". "N�s preferimos a transpar�ncia, que o financiamento privado venha com a fiscaliza��o necess�ria", clamou.