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Estado de Minas

Partidos buscam f�rmula para campanha sem doa��o

Vetado o financiamento empresarial, que em 2012 representou 80% dos R$ 4,5 bilh�es gastos pelos candidatos, legendas apostam na milit�ncia e em nomes de peso para conquistar o eleitor


postado em 30/11/2015 06:00 / atualizado em 30/11/2015 07:21

Planilhas de a��es priorit�rias, apelo � milit�ncia, aposta na imagem de candidaturas de nomes de boa reputa��o na sociedade e olho vivo nos gastos do advers�rio – qualquer transgress�o ser� denunciada. Essas s�o algumas das possibilidades que partidos pol�ticos estudam para as elei��es municipais que batem � porta. Ainda desorientados com a mudan�a radical nas regras de financiamento das campanhas, os partidos buscam a f�rmula para fazer campanha substituindo algo em torno de R$ 3,6 bilh�es que foram financiados por empresas e pessoas jur�dicas em 2012 – o equivalente a cerca de 80% dos R$ 4,5 bilh�es em gastos nominais declarados nas disputas municipais daquele ano para a escolha de 5.570 prefeitos e um batalh�o de cerca de 57 mil vereadores. Em Minas, as campanhas de 2012 arrecadaram, em valores nominais,   R$ 579,95 milh�es, dos quais R$ 77,68 milh�es em Belo Horizonte.

Uma s�rie de medidas previstas na minirreforma eleitoral tendem a reduzir os custos de campanha. A come�ar pelo per�odo de campanha, abatido pela metade – de 90 para 45 dias –, e do tempo do programa de televis�o, encurtado de 45 para 35 dias. Nenhum corte, contudo, que chegue perto de substituir o peso do financiamento empresarial nas campanhas neste pa�s, onde nunca houve a tradi��o de participa��o de pessoas f�sicas com contribui��es em dinheiro nas elei��es. Para al�m da cultura pol�tica, contudo, outras situa��es podem comprometer o sucesso na busca do financiamento de pessoa f�sica: h� um cen�rio de profundo desgaste, incompreens�o e desconfian�a dos eleitores em rela��o � arena da pol�tica e dos pol�ticos, que se agrava com a recess�o anunciada, que j� ceifa empregos e renda.

Na contabilidade eleitoral, os partidos pol�ticos est�o diante de duas escolhas ou a combina��o delas: cortar drasticamente gastos, encontrando uma f�rmula para o financiamento e racionalizar os recursos do Fundo Partid�rio. Para 2015, a destina��o or�ament�ria ao fundo, que pode ser usado nas campanhas, saltou de R$ 289,5 milh�es para R$ 868 milh�es. E h� emenda � proposta de Or�amento da Uni�o para 2016, em discuss�o na Comiss�o Mista de Planos, Or�amento e Fiscaliza��o, para que, ao todo, sejam destinados R$ 911 milh�es aos partidos no ano que vem. “A democracia tem um custo. Os partidos podem usar esses recursos para financiar as campanhas e � razo�vel que o fa�am”, sustenta J�lio Diniz Rocha coordenador de Controle de Contas Eleitorais e Partid�rias e membro do Grupo Nacional das Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De uma forma ou de outra, o jogo � igual para todos. “Ser�o campanhas pobres, com muito p� no ch�o e solado de sapato”, pondera o vice-governador e presidente estadual do PMDB, Ant�nio Andrade. Mas como nem todos cumprem a regra, vigiar o volume de campanha do advers�rio – ou a “concorr�ncia desleal” – ser� uma das fun��es mais importantes das elei��es, avalia o presidente estadual do PSDB, deputado federal Domingos S�vio. “O lado positivo de acabar com o financiamento de pessoa jur�dica � que diminui o v�nculo entre o candidato eleito e os interesses mercadol�gicos de empresas ou setores de atividade”, avalia. “Mas o lado negativo � o risco iminente do caixa 2. Temo estarmos caminhando para um processo eleitoral em que a influ�ncia do dinheiro il�cito seja t�o grande a ponto de decidir elei��o”, acredita Domingos S�vio.

Check-list

Previs�es quanto ao caixa 2 � parte, calculadora na m�o, no PMDB, o trabalho de sistematiza��o dos itens considerados essenciais de campanha, que n�o podem faltar, j� come�ou. “� uma esp�cie de check-list, que prioriza o essencial e indica a pr�xima a��o em caso de disponibilidade de recursos”, afirma Ant�nio Andrade. “Elegemos a campanha nas m�dias sociais como priorit�ria, pois � mais barata, ao lado da produ��o dos programas de r�dio e de televis�o. O terceiro t�pico fundamental da lista s�o os materiais gr�ficos”, diz o peemedebista presidente da legenda.

No PSDB, a estrat�gia se inicia com a escolha de nomes. “Queremos atrair lideran�as com boa hist�ria pessoal, pois � o capital pol�tico que ser� o divisor de �guas”, diz Domingos S�vio. Segundo ele, al�m de buscar nomes de f�cil aceita��o pelo eleitorado, a legenda pretende trabalhar com uma material b�sico para a padroniza��o da marca, que ser� distribu�da a todos os candidatos. J� no PT, a aposta � abrir o debate com a sociedade pela mobiliza��o da milit�ncia. “N�o haver� grandes campanhas para ningu�m. A nossa ter� milit�ncia, dentro da perspectiva de ouvir para governar”, sustenta Maria Aparecida de Jesus, presidente estadual do PT.


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