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Estado de Minas

Ministros discutem impedir reelei��o de presidente do TCU

Presidente do Tribunal de Contas da Uni�o, Aroldo Cedraz, � alvo de sindic�ncia interna para apura��o de tr�fico de influ�ncia praticada pelo filho dele


postado em 02/12/2015 10:37 / atualizado em 02/12/2015 11:05

Ministro Aroldo Cedraz(foto: Valter Campanato/Agência Brasil )
Ministro Aroldo Cedraz (foto: Valter Campanato/Ag�ncia Brasil )
Bras�lia - Ministros do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) discutem a possibilidade de impedir a reelei��o do presidente da corte, Aroldo Cedraz, em sess�o marcada para esta quarta-feira, 2. A articula��o � uma rea��o �s crescentes press�es do Minist�rio P�blico de Contas (MPC) e de auditores do �rg�o, que lan�aram campanha nas redes sociais pedindo que o cargo n�o seja ocupado por uma autoridade envolvida em den�ncias sob investiga��o.

Cedraz est� na mira de uma sindic�ncia aberta pelo pr�prio TCU, que investiga suposto tr�fico de influ�ncia praticado por seu filho, o advogado Tiago Cedraz, cujo escrit�rio atuou em diversos processos na corte. Uma investiga��o tamb�m foi aberta perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e est� sob relatoria do ministro Teori Zavascki, respons�vel pela Opera��o Lava-Jato.

Em sua dela��o premiada, o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, afirmou ter pago R$ 1 milh�o para que Tiago trabalhasse a favor da empreiteira no tribunal. Ele relatou ainda pagamentos de R$ 50 mil mensais para que o advogado repassasse informa��es privilegiadas da corte.

Um dos casos envolveria a autoriza��o da obra bilion�ria de Angra 3. Parte do dinheiro supostamente pago a Tiago, segundo o delator, pode ter sido repassado ao ministro Raimundo Carreiro, que relatou o processo de Angra 3. Tiago, seu pai e Carreiro negam envolvimento em irregularidades.

A substitui��o de Cedraz foi discutida em almo�o no domingo, ao qual compareceram ministros da corte. Conforme dois deles, a avalia��o � que o tribunal � um �rg�o que tamb�m investiga as irregularidades da Lava-Jato e a perman�ncia de Cedraz no seu comando exp�e a Casa a permanente constrangimento. De l� para c�, contudo, n�o se chegou a uma defini��o a respeito, o que depender� de negocia��es.

"Ainda temos uma madrugada, uma manh� e uma tarde para chegar a uma conclus�o", disse um ministro ontem � noite. Nas conversas, cogitou-se o nome de substitutos, como Bruno Dantas e Jos� M�cio.

Pela tradi��o no tribunal, o presidente e ser vice s�o eleitos em sess�o sigilosa para mandatos de um ano, prorrog�veis por mais um. Outra possibilidade em discuss�o � impedir que o presidente, a partir de agora, defina sozinho os chefes das �reas de fiscaliza��o do TCU, submetendo as autoriza��es ao plen�rio. A medida evitaria que terceiros, como advogados, possam influenciar a escolha.

Nessa ter�a-feira, 1.º, as principais associa��es de servidores fecharam uma nota conjunta na qual demonstram "preocupa��o" com a elei��o de presidente e vice-presidente do TCU. "� preciso impedir que suspeitas e den�ncias ainda n�o afastadas possam colocar em d�vida o regular funcionamento do TCU", diz o texto. "� fundamental que a alta dire��o do TCU recaia sobre os membros que n�o est�o envolvidos nas den�ncias ainda sob investiga��o, o que preserva a institui��o."

O movimento ganhou o apoio do procurador Deltan Dallagnol, da for�a-tarefa que conduz a Opera��o Lava-Jato no Paran�. Por meio de uma rede social, ele compartilhou um dos textos contr�rios � reelei��o de Cedraz, do procurador no TCU J�lio Marcelo Oliveira. "Que influ�ncia a escolha do presidente do TCU por seus pares pode ter sobre a Lava-Jato? O procurador do MP junto ao TCU Julio Marcelo de Oliveira responde a essa pergunta", escreveu Dallagnol. Procurado pela reportagem por meio de sua assessoria, Cedraz n�o se pronunciou sobre as cr�ticas quanto � sua recondu��o.


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