A presidente Dilma Rousseff negou que o Planalto tenha negociado para tentar impedir que o presidente da C�mara, Eduardo Cunha, deflagrasse a abertura do pedido do impeachment em troca do apoio de petistas para barrar o processo contra o peemedebista no Conselho de �tica. "Eu jamais aceitaria ou concordaria com quaisquer tipos de barganha, muito menos aquelas que atentam contra o livre funcionamento das institui��es democr�ticas do meu Pa�s, que bloqueiam a Justi�a e ofendam os princ�pios morais e �ticos que devem governar a vida p�blica", afirmou na noite desta quarta-feira, 2, em pronunciamento que durou menos de quatro minutos.
A presidente afirmou ainda que tem "absoluta convic��o e tranquilidade quanto � improced�ncia desse pedido bem como com o seu justo arquivamento". "Devemos ter tranquilidade e confiar nas nossas institui��es."
A presidente fez o pronunciamento ao lado de 11 ministros: Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Jos� Eduardo Cardozo (Cardozo), Gilberto Occhi (Integra��o Nacional), Lu�s In�cio Adams, (Advocacia-Geral da Uni�o), Aldo Rebelo (Defesa), Armando Monteiro (Desenvolvimento), Andr� Figueiredo (Comunica��es), Celso Pansera (Ci�ncia e Tecnologia), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Gilberto Kassab (Cidades).
A principal aus�ncia foi do vice-presidente, Michel Temer, que preferiu assistir ao pronunciamento do Pal�cio do Jaburu. Temer foi informado por Cunha antes do an�ncio oficial da abertura do processo de impeachment.
Cunha aceitou o pedido de impeachment contra a presidente Dilma feito pelos juristas H�lio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal. O peemedebista disse que a aceita��o do pedido tem "natureza t�cnica" e que n�o havia como postergar a decis�o sobre a quest�o.
Cunha afirmou que o pedido seguir� "processo normal", dando amplo direito ao contradit�rio ao governo, e negou indiretamente uma atitude de revanche em rela��o ao governo. Nesta tarde, a bancada do PT havia decidido votar contra o peemedebista no Conselho de �tica.