Bras�lia - O presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nessa quinta-feira (3) que haver� sess�o parlamentar na pr�xima segunda-feira para a escolha dos 65 integrantes da comiss�o especial que analisar� a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Na ter�a-feira, o �rg�o legislativo ser� instalado, com a escolha do presidente e do relator do processo. PT e PMDB s�o os partidos que ter�o maior n�mero de representantes na comiss�o que decidir� sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff na C�mara. Cada uma das legendas tem oito de um total de 65 membros. Os partidos podem indicar nomes at� as 14h de segunda-feira, 7. A elei��o acontece �s 18h do mesmo dia. O colegiado � instalado na ter�a-feira. Partidos que integram o governo Dilma (PMDB, PP, PTB, PRB, PT, PSD, PR, PCdoB e PDT) t�m 36 membros. As bancadas de muitas destas legendas, no entanto, n�o s�o coesas e h� opositores da presidente. Os principais partidos de oposi��o (DEM, SD, PSC ,PSDB, PPS e PSB) t�m 17 representantes. A maior bancada oposicionista � a do PSDB, que ter� seis integrantes. H� representantes de PMDB, PP, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PMN, PEN, PT, PSD, PR, PROS, PC do B, PSDB, PSB, PPS, PV, PDT, PSOL, PTC, PT do B, Rede e o estreante PMB, Partido da Mulher Brasileira. PRP, PSDC, PRTB e PSL n�o ter�o membros na comiss�o por n�o terem representantes na C�mara.
A Secretaria-Geral da Mesa explicou que, diferente da distribui��o dos membros, n�o haver� proporcionalidade na escolha do presidente e do relator da comiss�o especial. Apesar de serem eleitos, a escolha deve se dar por meio de acordo pol�tico entre os membros do colegiado.
At� agora, PPS e Solidariedade anunciaram seus integrantes. O PPS indicar� o deputado Alex Manente (SP) para a vaga a que tem direito na comiss�o. J� o Solidariedade (SD) indicar� os deputados Arthur Maia (BA) e Paulinho da For�a (SP), aliados bastante pr�ximos do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O PSDB j� anunciou dois dos seis representantes. O partido indicar� o l�der na C�mara, Carlos Sampaio (SP), e o l�der da minoria, Bruno Ara�jo (PE). As outras quatro vagas devem ser anunciadas at� o fim do dia.
O PSOL indicar� o deputado federal Ivan Valente (SP) para a �nica vaga titular a que tem direito na comiss�o. Segundo o l�der do partido na Casa, Chico Alencar (RJ), ele ficar� ficar na supl�ncia. PPS e Solidariedade tamb�m j� anunciaram seus integrantes. O PPS indicar� o deputado Alex Manente (SP) para a vaga a que tem direito na comiss�o. J� o Solidariedade (SD) indicar� os deputados Arthur Maia (BA) e Paulinho da For�a (SP), aliados bastante pr�ximos do presidente da C�mara. O PSDB j� anunciou dois dos seis representantes a que ter� direito. O partido indicar� o l�der na C�mara, Carlos Sampaio (SP), e o l�der da minoria, Bruno Ara�jo (PE). As outras quatro vagas devem ser anunciadas em breve.
DIVERG�NCIAS A base aliada tem diverg�ncias sobre o impeachment da presidente, inclusive dentro de partidos que comp�e a equipe ministerial. No PMDB, por exemplo, com o respaldo de Cunha, deputados favor�veis ao impedimento da presidente amea�am retaliar o l�der da bancada do partido, Leonardo Picciani (RJ), caso ele n�o indique integrantes do grupo para a comiss�o especial. Ao todo, a sigla com a maior bancada da Casa Legislativa ocupar�, assim como o PT, 8 das 65 cadeiras do colegiado parlamentar, o maior n�mero destinado a um partido pol�tico. A prerrogativa de escolha � do l�der da legenda, que avisou � bancada peemedebista que n�o colocar� “pessoas que tenham posi��es radicais”.
Picciani se distanciou de Cunha ao ter ensaiado uma aproxima��o com o Pal�cio do Planalto e ter iniciado campanha para a sucess�o do presidente da C�mara dos Deputados. Como retalia��o, os peemedebistas favor�veis ao impeachment preparam um abaixo-assinado pela sa�da do deputado federal da lideran�a do partido e articulam para evitar a sua reelei��o ao posto no ano que vem. O cargo � considerado essencial por Picciani para se viabilizar como sucessor natural de Cunha caso ele perca o mandato. Na quarta-feira, ele avaliou que Cunha “cometeu um equ�voco” ao acatar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ele disse ainda n�o h� “motivo jur�dico” para pedir o afastamento da petista.
